Greve de eletricistas já prejudica atendimento da Copel à população

A Copel não está conseguindo atender no tempo devido as solicitações de serviço feitas pelos consumidores em algumas regiões do Paraná. A causa é um movimento grevista patrocinado por sindicatos de eletricitários que, contrariando a legislação, não mantêm o efetivo mínimo de 30% da força de trabalho para evitar prejuízo à prestação de serviços essenciais.

Com isso, a atuação da Copel está sendo dificultada em diversos municípios das regiões Norte e Noroeste, e na cidade de Foz do Iguaçu. Segundo registros da concessionária, há solicitações como pedidos de ligação e de religação que não estão sendo atendidos no prazo habitual mesmo com a adoção de medidas emergenciais, como a contratação de empresas prestadoras de serviço e reforço de equipes com deslocamento de pessoal disponível em outras localidades.

Apesar do empenho em suprir a obrigação que seria dos sindicatos, o esforço não está sendo suficiente para dar conta de todas as solicitações e a população pode estar sendo prejudicada.

Para a Copel, a greve que está prejudicando a normalidade do atendimento à população é ?descabida, despropositada e injustificável?. O motivo que levou parte dos eletricistas à paralisação é a adoção, pela Companhia, de um dispositivo que monitora a utilização dos veículos da sua frota e registra uma série de dados e informações que vão auxiliá-la a gerenciar melhor esses custos. Entre as informações coletadas pelo dispositivo está o tempo efetivo de deslocamento dos veículos, que serve de base para o cálculo de uma verba paga aos eletricistas, o ?adicional de dupla função?, que os remunera pelo trabalho de também dirigir o veículo da Companhia.

Até recentemente, os próprios eletricistas é que faziam o apontamento manual do tempo que passavam dirigindo. Tais anotações, obrigatórias, eram um encargo adicional para os empregados e nem sempre conseguiam ser precisas ou exatas, fato que dava margem a distorções que acabaram eliminadas com o uso do dispositivo eletrônico.

Para fundamentar o movimento de greve, os sindicatos que representam os eletricistas alegam que a adoção da novidade provocou perdas na remuneração \"de até 40%\", como informam. No entanto, como não houve qualquer alteração nos valores nem na forma de cálculo da gratificação paga, a Copel sustenta que os empregados que faziam anotações manuais no modelo antigo com fidelidade e exatidão não tiveram qualquer redução no adicional de dupla função. Na avaliação da empresa, parece haver eletricistas querendo receber por trabalho que não estão fazendo.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo