Greve da Dataprev pode prejudicar segurados

"Se a greve da Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social), no Paraná, não for solucionada até o final deste mês, aposentados, pensionistas, pessoas que necessitam de auxílio doença e demais beneficiários do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) correm o risco de ficar sem receber seus benefícios, pois o sistema que processa os pagamentos não está em funcionamento."

A constatação é do diretor jurídico do Sindiprevs-PR (Sindicato dos Servidores da Previdência Social), Nelson Malinovski. Segundo ele, muitos dos servidores do INSS, que retornaram da greve de 75 dias na última quarta-feira, não estão conseguindo reativar suas senhas de computadores e acessar o sistema de concessão de benefícios incapacitantes, que está fora do ar. Os integrantes do Dataprev são responsáveis pelo processamento dos dados de aproximadamente 1,40 milhão de segurados da Previdência Social no Estado.

O gerente estadual da Dataprev, Hélio Machado, informou que 17 funcionários estão de plantão para garantir o salvamento e a transmissão da base de dados.

Na manhã de ontem, o Sindiprevs participou de um protesto realizado por integrantes da Dataprev na agência do INSS localizada entre as ruas João Negrão e Visconde de Guarapuava, em Curitiba. A categoria – que se mantém paralisada desde a última terça-feira – entregou às pessoas um esclarecimento público.

"Queremos reposição da inflação de 8,07%, de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), mais aumento real de 1,5%", disse o representante da Organização Local de Trabalhadores, Eduardo Nascimento. "Além disso, a Dataprev está trabalhando com equipamentos antigos e sistemas bastante lentos, o que resulta em filas e demais transtornos aos usuários do INSS."

A assessoria de Comunicação Social do INSS, no entanto, informou que, ao contrário do posicionamento do Sindiprevs, o atendimento está normal em todas as agências do Estado. De acordo com a assessoria, em algumas agências, houve queda no sistema, mas nada significativo.

Caixa

Os funcionários terceirizados da Caixa Econômica Federal deram fim à paralisação iniciada na última terça-feira e voltam a trabalhar normalmente hoje. Responsáveis pelo processamento de operação de caixas eletrônicos, os cerca de 500 funcionários filiados à empresa Brasil Service estavam com salários atrasados e alegavam não encontrar diálogo com a cúpula da empresa, que tem sede em Belém. Ontem, porém, as diferenças salariais foram depositadas.

"Este problema resolvemos, mas sofremos ameaças de demissões caso não voltássemos. A diretoria da empresa é complicada de se lidar", afirmou a diretora administrativa do Sindicato de Processamento de Dados do Estado do Paraná, Marlene Fátima da Silva. A expectativa agora é em torno da aplicação das resoluções tomadas na convenção coletiva dos processadores, que prevê reajuste salarial, entre outros benefícios.

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