Segue sem solução o impasse entre patrões e os funcionários dos setores de hotéis, motéis, buffets, restaurantes, churrascarias, lanchonetes, pizzarias, bares, casas noturnas e similares de Curitiba e Região Metropolitana.
Nesta terça-feira (10) uma Assembleia Geral Extraordinária realizada no sindicato patronal – Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Curitiba (SEHA), decidiu que a questão sobre o reajuste salarial dos funcionários do setor e a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho de 2013/2014 será resolvida na justiça do trabalho.
Em nota, Fábio Aguayo, presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) afirma que apoia a decisão mesmo com todos os riscos que ela oferece.
Segundo Aguayo os patrões não teriam condições de atender às solicitações dos trabalhadores “com o novo rigor da lei seca, efeito Santa Maria, endividamento familiar e a crise econômica do País que resultou em queda de até 40% do faturamento em nossos caixas e orçamentos, não poderíamos ser irresponsáveis de atender às reivindicações.”
A Abrabar diz ainda que a greve é um movimento terceirizado, feito com a participação de pessoas contratadas pelo sindicacato laboral. Em relação aos salários, as propostas dos patrões para o dissidio na justiça da categoria patronal é de: 1ª INPC + 2% para renovação da convenção coletiva e 2ª INPC + 5% para inclusão de 12/36 horas trabalhadas e banco de horas.
Sindicato dos trabalhadores contesta a Abrabar
O Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Hoteleiro, Meios de Hospedagem e Gastronomia de Curitiba e Região (Sindehotéis) confirma que a solução para o problema sobre o reajuste salarial será decido pela justiça, entretanto, Luís Alberto dos Santos, o presidente do Sindehotéis diz que as demais informações divulgadas em nota pela Abrabar não são verdadeiras.
Luís Alberto afirma que a greve tem apóio e adesão dos trabalhadores do setor, não havendo pessoas contratadas para as manifestações. Segundo o presidente do Sindehotéis há informações inclusive, de funcionários que teriam sido demitidos por estarem participando da greve.
Além disto, o Sindehotéis não negociaria com a Abrabar, já que a entidade seria apenas uma associação e não um sindicato patronal. O sindicato obreiro afirma que as negociações são feitas apenas com o Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Curitiba (SEHA).