Foto: Lucimar do Carmo

Tércio: ?Funcionários?.

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Os cerca de 900 professores e funcionários da educação de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), prometem entrar em greve a partir de quinta-feira. Desde ontem, alunos e pais estão sendo informados da paralisação. Entre os pedidos dos trabalhadores está o reajuste salarial de 20% e a aplicação de uma pauta de reivindicações discutida entre os servidores e a administração municipal no mês de junho.

A greve foi decidida durante uma assembléia entre os trabalhadores na semana passada. A vice-presidente da Associação dos Servidores Municipais em Educação de Fazenda Rio Grande (Asmef), Ivani Oliveira Ferreira, afirma que a categoria não agüenta mais a falta de respeito da administração, que tinha aceito quase todos os itens de uma pauta de 21 tópicos, mas acabou atendendo apenas três. Os pontos atendidos foram o não-desconto dos salários da operação tartaruga, e a antecipação de 50% do décimo terceiro salário, pago em julho.

Foto: Lucimar do Carmo

Ivani: ?Negociação?.

Entre as reivindicações que ficaram de fora estão a gratificação para professores com curso superior, bolsa auxílio e readequação funcional dos guardiões. ?Esperamos que antes da greve a administração nos chame para negociar e evite a paralisação?, disse Ivani. Os servidores querem ainda uma redução no quadro de funcionários comissionados e com gratificação, pois isso estaria impedindo a Prefeitura a conceder o reajuste salarial.

O gerente municipal de governo, Tércio Albuquerque, disse que é direito dos trabalhadores fazer as reivindicações, mas que o município está impedido de atender diversos itens da pauta em função da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Segundo ele, a administração municipal já reduziu de 320 para 84 os cargos comissionados, e não tem mais como cortar isso. ?Esse número de funcionários é imprescindível para administrarmos o município?, declarou.

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Além disso, os funcionários que ganham pela função gratificada são servidores de carreira que recebem a mais pela função de chefia, algo previsto em lei. Albuquerque falou ainda que a administração não se nega em dar reajuste, mas precisa ser algo coerente, pois Fazenda Rio Grande já está perto de atingir os gastos de 54,5% com folha de pagamento, o teto máximo previsto na LRF. O gerente não descartou o desconto nos salários dos funcionários que aderirem à greve.