Greve ameaça atividade da UFPR no segundo semestre

O Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba acumulou prejuízo de R$ 1,5 milhão entre os dias 28 de maio e 15 deste mês, em função da greve dos servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O valor foi divulgado ontem pelo diretor-geral do hospital, Giovanni Loddo.

?Com a paralisação, uma série de serviços deixou de ser prestada. Em conseqüência, o HC não irá receber por eles. Acredito que vamos sentir os efeitos disso entre os meses de agosto e setembro, quando deveriam ser realizados os pagamentos. Normalmente já enfrentamos dificuldades financeiras, pois gastamos bem mais do que recebemos. Agora, vamos enfrentar ainda mais?, declarou.

Segundo Loddo, os atendimentos no hospital vêm se normalizando lentamente nos últimos dias, quando os servidores que trabalham na instituição começaram a retornar às suas atividade por força de uma liminar concedida pelo Ministério Público Federal (MPF). No final de semana, foram normalizados os serviços de urgência e emergência. Ontem, em todo HC, 300 dos 400 leitos estavam ocupados. No início do mês, a ocupação chegou a 260 leitos. ?A maior parte dos servidores já voltou ao trabalho. A expectativa é de que, até o final desta semana, a situação se normalize totalmente.?

Loddo não soube informar quantos trabalhadores ainda não reassumiram suas funções dentro do hospital, mas disse que o número é considerado insignificante.

Sem matrículas

Ontem, servidores grevistas ocuparam o Centro de Computação Eletrônica (CCE) da UFPR e desativaram as atividades relacionadas a matrículas, o Portal do Aluno e o Sistema de Informação para o Ensino. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral (Sinditest), José Carlos Assunção Belotto, disse que o objetivo principal do movimento é intensificar a paralisação na UFPR, uma vez que os servidores do HC foram obrigados a voltar ao trabalho devido a uma decisão judicial.

Sem o sistema, além dos alunos ficarem impedidos de consultar suas notas, existe ameaça para o início do segundo semestre. De acordo com a assessoria de imprensa da UFPR, ainda é cedo para se falar em atraso e a universidade vai esperar para se manifestar sobre a ação do Sinditest. Os alunos entraram em férias ontem e devem voltar no dia 30 de julho. As matrículas serão feitas entre 2 e 12 de julho.

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