Basta o prêmio da Mega-Sena acumular pra começarem os boatos sobre fraudes. E algumas “situações” costumam alimentar as teorias conspiratórias. Foi o caso do penúltimo concurso, de número 1764, que pagou o maior prêmio dos sorteios regulares da loteria (sem considerar a Mega da Virada).
Instigados pela expectativa de uma bolada de R$ 205 milhões, alguns apostadores entraram no site da Caixa logo após o sorteio e receberam a informação de que o prêmio havia acumulado. Momentos depois a página informava que havia um ganhador. Pra aumentar a especulação, os últimos dois acertadores são do Distrito Federal.
O mais recente boato afirma que “não existe” a casa lotérica do prêmio de R$ 205 milhões. E que os donos seriam ligados a investigados em fraudes. Algumas irregularidades já constatadas na Mega-Sena também ajudam a alimentar dúvidas sobre a seriedade dos sorteios. Por essas e outras, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) protocolou um pedido de informações na Caixa. Há mais de uma década ele reúne suspeitas de lavagem de dinheiro no pagamento de apostas vencedoras.
Boatos
A casa lotérica em que foi feita a aposta que levou R$ 205 milhões no sorteio de quarta-feira existe. Chama-se Wandys e fica na Asa Sul, em Brasília. Circula pela internet uma imagem com os números sorteados, mas o bilhete foi adulterado em algum programa de computador, como Photoshop.
A casa lotérica não é de Alberto Youssef (ou de um parente próximo). Também não é de em ex-deputado acusado de irregularidades. O nome do dono da casa lotérica Wandys é Nasser Youssef Nasr, um libanês que chegou ao Brasil na década de 50 e que é homônimo do ex-parlamentar.