Governo vai esperar laudo sobre lixo tóxico

O governo do estado vai esperar o término do relatório do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) sobre as 300 toneladas de lixo tóxico que vieram de Cubatão (SP) para as instalações da Essencis, em Araucária, para definir o que fazer com os resíduos. O contrato inicial, suspenso pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, previa a vinda de 20 mil toneladas. “Essa quantidade não vem mais e temos de ser bastante cautelosos com o lixo que está aqui”, explicou.

Em laudo anterior, o IAP detectou a presença de pentaclorofenol, conhecido popularmente como pó-da-china. A importação de resíduos de agrotóxico foi proibida pelo Conselho Estadual do Meio-Ambiente (Cema) em agosto do ano passado. O novo estudo quer determinar qual a real porcentagem da substância. No entanto, o secretário adiantou que considera perigoso transportar a substância novamente para o interior paulista.

Diferencial

O secretário disse que o Paraná vai levar uma proposta diferencial no próximo encontro do Conama – Conselho Nacional de Meio-Ambeinte. “Esse circo de transporte de produtos tóxicos tem que acabar. O Paraná será pioneiro na regulamentação do setor”, disse.

Sanepar será cobrada, diz Rasca

Independente do resultado do laudo do IAP sobre a água da Represa do Iraí, a Sanepar será cobrada a tomar as providências necessárias para restabelecer o equilíbrio ambiental do local. “Queremos 100% de coleta de esgoto”, explicou o presidente do IAP, Rasca Rodrigues, que também lembrou das próprias responsabilidade do Instituto. “Vamos ter que acabar com as pocilgas e plantações naquela área”. O último exame no local mostra que diminuiu o risco de toxicação das águas de alerta 2 para alerta 1 “No alerta 2 a água fica sob suspeita para consumo. No alerta 1, a situação se minimiza”.

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