Governo realiza campanha de vacinação anti-rábica no oeste do Paraná

A Secretaria estadual da Saúde, em parceria com as secretarias municipais, realiza até outubro campanha de vacinação anti-rábica na região oeste do Estado. Ao todo, são 25 municípios próximos à fronteira com o Paraguai, que receberá 100 mil doses de vacina do Brasil.

Segundo o médico-veterinário da Divisão de Zooneses da Secretaria, Paulo Guerra, a meta é vacinar 170 mil cães e gatos domésticos. Caso o objetivo seja alcançado, a cobertura vacinal da região será superior a 80% da população total desses animais, evitando a circulação do vírus da raiva canina e a transmissão da doença aos humanos. A execução das vacinas será da competência das Secretárias Municipais de Saúde dos municípios de abrangência da 9ª e da 20ª Regionais de Saúde.

?A vacinação só é feita na fronteira com o Paraguai porque nas outras regiões do Estado a raiva canina está controlada desde o final da década de 70?, explica Paulo Guerra. ?Nos últimos anos, as campanhas de vacinação anti-rábica na região obtiveram ótimos resultados, interrompendo a circulação do vírus rábico entre a população canina. A manutenção das campanhas, com a participação da população, contribui para o controle definitivo e a ausência de aparecimento de novos casos?, afirma.

Mas os municípios situados perto da fronteira do Brasil com o Paraguai, segundo ele, ainda são considerados de risco para a transmissão da raiva. Em 2002 houve registro de casos de raiva canina e humana na região. O município de Foz do Iguaçu confirmou em 2001 seis casos de raiva canina e, em 2002, mais três casos. No mesmo período foram registradas as mortes de duas pessoas que contraíram raiva em Ciudad Del Este, no Paraguai, e receberam tratamento em Foz do Iguaçu.

A raiva canina

A raiva canina, também chamada de hidrofobia, é uma doença causada por um vírus presente principalmente na saliva de animais infectados. Ele entra no organismo através da pele ou mucosa, depois de uma mordida, lambedura ou arranhadura. No Brasil, o principal animal transmissor para humanos é o cão, mas a raiva também pode ser transmitida por gatos, macacos, morcegos, bovinos, eqüinos, quatis (comuns na região da fronteira) e outros animais.

Os sintomas da doença variam conforme a espécie. Em carnívoros geralmente ocorre a raiva furiosa. Quando o animal está doente muda de hábito e comportamento, tem dificuldade para engolir e saliva em abundância. Modifica os costumes alimentares e sofre paralisia das patas traseiras. O animal também pode se tornar agressivo.

Caso uma pessoa seja mordida ou arranhada por um animal, certas providencias devem ser tomadas. Primeiro deve-se lavar o local da mordida (ou arranhada) com água e sabão e passar um anti-séptico, em seguida procurar um posto de saúde para avaliar a exposição e as medidas preventivas a serem adotadas. O animal que causou o ferimento deve ser observado por 10 dias. Caso ele morra, o material deve ser encaminhado para um posto de saúde, que analisará em laboratório se ele tinha raiva. Se o animal desaparecer a conduta deverá ser reavaliada.

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