Convocar policiais militares da reserva para trabalhar na segurança de órgãos públicos, escolas estaduais, postos de saúde e hospitais. Esta é a intenção do governo do Paraná, expressada numa mensagem enviada para a Assembleia Legislativa.

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No entanto, a ideia está causando muita polêmica pois, segundo o Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e região, se aprovada, a lei poderá tirar o emprego de cerca de 6.800 vigilantes.

A mensagem, transformada no Projeto de Lei 244/2009, aguarda parecer da Comissão de Constituição e Justiça e somente depois disso será possível saber se irá para outras Comissões ou direto ao plenário para votação. Para o presidente do Sindicato dos Vigilantes, João Soares, o projeto é inconstitucional.

“O projeto fere a constituição estadual e também princípios da moralidade, pois estes policiais já são aposentados, já prestaram serviço ao Estado, e ainda vão ganhar uma gratificação de R$ 1.300”, destacou.

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Soares também ressaltou que vigilantes e policiais militares têm preparo diferentes, o que pode ser perigoso para a segurança destes órgãos. “O vigilante deve prevenir, e o policial militar é treinado para reprimir. Basta lembrar de quantos policiais militares morrem fazendo bico de vigilantes”, disse.

Soares informou que o sindicato já está conversando com os deputados, na tentativa de sensibilizá-los, e ainda pedirá uma audiência pública na Assembleia para discutir o assunto.

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O presidente da Sociedade Beneficente dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar do Paraná entidade que representa parte dos policiais do Estado – Davi D’Almeida, afirmou que ainda não tem conhecimento dos detalhes do projeto, mas já percebeu que conflitos vão acontecer.

“Ainda não podemos dizer se somos contra ou a favor do projeto, pois ainda não o conhecemos por inteiro, mas a primeira pergunta que fazemos é quem seria o patrão desses policiais? Outras questões como qual seria o posto que ocupariam, ou mesmo quanto receberiam por cada atividade, ainda precisam ser esclarecidas”, argumentou.

A reportagem entrou em contato com a assessoria da PM do Paraná para saber qual a posição da corporação sobre o assunto, mas não obteve retorno. A íntegra do projeto pode ser vista na página da Assembleia na internet, www.alep.pr.gov.br.