Governo quer caminhoneiros lacrando bicas dos caminhões

A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e a Ecovia lançam nesta sexta-feira (23), no Paraná, uma campanha de conscientização de caminhoneiros sobre a necessidade de lacrar as bicas dos caminhões.

O objetivo é evitar desperdícios de carga ao longo do percurso dos caminhões até o Porto de Paranaguá e também impedir a sujeira nas vias de acesso ao terminal. Panfletos educativos estão sendo distribuídos nas praças de pedágio do interior do Paraná, no pátio de triagem do porto e nos terminais de descarga.

De acordo com o diretor técnico da Appa, Paulinho Dalmaz, “é orientação do governo que tomemos ações que se convertam em benefício para os caminhoneiros”. “Trabalhamos na conscientização deles, para evitar os desperdícios e ações criminosas”, disse.

A bica é o dispositivo por onde a carga a granel é escoada dos caminhões. Se não estiver lacrada, ela pode abrir durante o trajeto e causar vazamentos, muitas vezes sem que o motorista perceba que está derramando carga ao longo da estrada. Sem o lacre, as bicas também podem sofrer a ação de vândalos, que abrem o dispositivo para escoar ilegalmente parte dos grãos.

O caminhoneiro Sergio José Bonert saiu de Sorriso (MS) rumo a Paranaguá carregado com soja. Para ele, a campanha de fechamento de bicas aumenta a segurança dos motoristas. “É importante alertar para evitar a ação dos vândalos. O porto está de parabéns pela iniciativa”, disse.

Multa – A legislação de trânsito prevê multa para o caminhoneiro que estiver trafegando com a bica do caminhão aberta. O motorista é autuado com multa gravíssima e perde sete pontos na carteira. Além disso, se houver algum acidente causado pela carga derramada, ele pode ser indiciado.

O derramamento de carga causa prejuízos para o dono da carga, além de sujar a cidade. Quando acontece a abertura ilegal de bicas, muitas crianças são colocadas para recolher os grãos derramados, fazendo com que elas passem a conviver com o crime, sem falar no risco de atropelamentos.

A campanha conta ainda com o apoio da Polícia Militar, Polícia Civil, Claspar, Sindicato dos Caminhoneiros (Sindicam/PR) e Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado Paraná (Fetranspar).