A dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde estima que 80 milhões de pessoas se infectam anualmente, em 100 países de diferentes continentes, e cerca de 20 mil morrem em conseqüência da doença. O mosquito transmissor da dengue, Aedes aegypti se espalhou por uma área onde vivem 3,5 bilhões de pessoas, e além de encontrar condições favoráveis para se proliferar, está se adaptando às condições climáticas de variadas regiões.
Preocupados com isso, o governo federal, através da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), está lançando planos regionais para combater a dengue. Ontem técnicos, secretários estaduais e municipais de Saúde da região Sul estiveram reunidos para discutir as metas desse plano. Pretende-se reduzir em menos de 1% a infestação do mosquito nos domicílios nos 3.529 municípios brasileiros que registram a presença do vetor; baixar em 50% o número de casos em 2003 em relação a esse ano; e a menos de 1% os óbitos por dengue hemorrágica.
Para atingir as metas, afirma o diretor do Centro Nacional de Epidemiologia da Funasa, Jarbas Barbosa da Silva Júnior, só será possível com a participação da sociedade, pois 90% dos casos foram registrados em residências.
No Brasil foram registrados até 672.371 casos de dengue até o mês passado, dos quais, 96 pessoas morreram em decorrência de febre hemorrágica. No Paraná, até essa semana, foram 5004 casos, e apenas um caso suspeito de morte.