Professores da rede estadual de ensino decidiram ontem pela manhã, em assembléia no ginásio de esportes da Sociedade Thalia, em Curitiba, acatar a proposta do Plano de Cargos, Carreira e Salário (PCCS) proposto pelo governo do Estado na última quinta-feira. A categoria, porém, pretende continuar mobilizada e negociar com o governo para que o total da defasagem salarial, que é de 95%, seja reposto na íntegra.
De acordo com a proposta apresentada pelo governo, elaborada na última reunião entre a Associação Paranaense de Professores (APP-Sindicato) e a Secretaria de Estado da Educação (Seed), a maioria dos professores receberia entre 30% a 35% de aumento. Em alguns níveis de carreira, o reajuste chegaria a 70%. Os aposentados também teriam reajuste de cerca de 40%. Os professores que ainda estão na ativa ainda receberiam um auxílio-transporte no valor de R$ 150.
Os valores, no entanto, não correspondem aos pedidos inicialmente pela APP-Sindicato. De acordo com o presidente da entidade, José Rodrigues Lemos, a melhora nos salários acontece, mas o objetivo é continuar a luta pela proposta apresentada no início. “Conseguimos um aumento, mas é necessário continuarmos atrás do nosso objetivo, que são os 95%. Não temos aumento há nove anos”, afirmou.
As negociações sobre o PCCS se arrastam desde o ano passado e a expectativa dos professores era começar o ano letivo com o plano em vigor. O projeto elaborado pela Seed, contudo, ainda precisa ser discutido e votado na Assembléia Legislativa, o que deve acontecer na segunda quinzena deste mês.
