Governo disponibiliza novos medicamentos contra hepatite

O estudo de Prevalência de Base Populacional das Infecções pelos Vírus das Hepatites A, B e C, divulgado ontem, pelo Ministério da Saúde (MS), levou a pasta a adicionar três novos medicamentos para combater a hepatite B (tenofovir, entecavir e adefovir) na rede pública de saúde.

Até então, o combate à doença contava apenas com a lamivudina e interferon convencional. O estudo revelou que 0,17% da população da região Sul entre 10 e 19 anos de idade tem o vírus da hepatite B ativo no organismo. Por outro lado, na população compreendida entre os 20 e 69 anos, essa porcentagem sobe para 0,55%.

Segundo o estudo, as regiões Norte e Centro-oeste registraram os maiores índices de hepatite B entre as pessoas com 20 a 69 anos: 0,92% e 0,76%, respectivamente.

Já o Sudeste e Distrito Federal foram os mais baixos (0,4% e 0,42%, respectivamente). No estudo da população entre 10 e 19 anos, Nordeste e Sudeste zeraram seus índices, ao contrário do Distrito Federal, que apresentou 0,20%.

De acordo com o MS, as principais formas de infecção da hepatite B são muito similares às da transmissão da aids, ou seja, pela relação sexual sem o uso de preservativo, pelo compartilhamento de objetos contaminados dentre outros equipamentos e objetos, como por usuários de drogas injetáveis.

A vacina é uma das principais medidas de prevenção e, segundo o ministério, após tomar as três doses, mais de 90% dos adultos jovens e 95% das crianças e adolescentes ficam imunizados contra a hepatite B.

Anvisa

Além da implantação dos três antivirais, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a dosagem de 300 miligramas de fumarato de tenofovir desoproxila, utilizado em pacientes com aids, para o tratamento da hepatite B crônica em adultos.

O pedido para que o medicamento pudesse ser destinado também a doentes hepáticos foi feito a Anvisa pelo próprio Ministério da Saúde, diante da demora do fabricante em pedir a autorização do uso para esse fim. Segundo a Anvisa, é a primeira vez que esse pedido parte do próprio ministério.

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