A primeira destruição de armas da campanha do desarmamento no Brasil foi feita ontem pela manhã, em uma cerimônia simbólica em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba. A trituração de 1.040 armas foi feita pelo Exército, com rolos compressores. “Essas armas ficam nas residências, muitas vezes são herança de algum familiar que já morreu, e acabam em mãos inadequadas provocando acidentes ou incorporadas à criminalidade organizada”, avaliou o governador Roberto Requião que acompanhou a cerimônia.
No Paraná, em todo o ano passado foram destruídas 746 armas de fogo arrecadadas ou apreendidas pela Polícia Civil. Em quatro meses de campanha, já são 1.040 armas destruídas das aproximadamente 6.500 unidades recolhidas. O material triturado será levado a uma fundição na Cidade Industrial de Curitiba para completar sua inutilização, assim como o restante das armas. Requião afirmou que pretende fazer cerimônias semelhantes todos os meses, com as armas recolhidas, por doação ou apreensão.
O local onde as armas foram trituradas foi protegido por uma malha metálica que possibilitou observar todo o processo, em segurança. Policiais militares, civis e soldados do Exército Brasileiro isolaram a área, de 40 metros. Segundo o coronel Carlos Augusto Sales Lages, chefe do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército Brasileiro, a legislação determina ao EB a destruição das armas. “Esse ato é uma prestação de contas à população, que terá a certeza de que as armas entregues não voltarão a ser utilizadas”, comentou o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.