Muitas pessoas repassam e-mails para conhecidos com informações sobre golpes que estão sendo praticados em várias cidades. Muitos deles não são verdadeiros, tornando-se apenas correntes de mensagens. Mesmo assim, vale o alerta para não cair em alguma armadilha.

Vários e-mails abordam o assunto de telefones, tanto fixos quanto celulares. Um deles diz que uma pessoa, dizendo ser da empresa de telefonia da cidade, pede para que sejam digitadas algumas teclas do aparelho como teste para serviços. Uma das seqüências solicitadas seria 90#. Depois dessa operação, o golpista comunica que não há problemas no telefone e desliga. A mensagem eletrônica afirma que se pode realizar a clonagem do número a partir desse procedimento.

A assessoria de imprensa da Brasil Telecom, operadora de telefonia no Paraná, explica que de tempos em tempos circulam e-mails como esse, mas todos são boatos. Segundo a assessoria, operações desse tipo não são capazes de clonar os telefones fixos. A empresa ainda informa que havia uma outra mensagem eletrônica dizendo que pessoas que afirmavam ser funcionários da Brasil Telecom falavam que o dono da linha foi escolhido para ganhar alguns prêmios. Para isso, precisava apenas informar o código pin de cartões telefônicos pré-pagos para celulares, o que transferia automaticamente o créditos para terceiros.

O superintendente da Delegacia de Estelionato, Fabiano Rodrigo, conta que a única maneira de se clonar telefones é conseguindo o número serial deles. Os alvos principais são os celulares, principalmente em aeroportos, onde os golpistas captam o código por meio de equipamentos sofisticados. “São raros os casos de a pessoa ligar pedindo os números do cliente. Há três anos isso acontecia, mas agora não”, afirma. Nos telefones fixos, é possível ocorrer a clonagem, desde que o estelionatário tenha também o número serial.

A orientação básica da polícia é não repassar qualquer informação por telefone. A Brasil Telecom aconselha que o cliente ligue para a empresa se acontecer situações como essas, a fim de confirmar se a pessoa do outro lado da linha realmente está agindo de boa-fé. A possível vítima deve pegar um telefone de contato dessa pessoa. Se a visita ocorrer pessoalmente, os clientes devem pedir a identificação dos funcionários e prestadores de serviços, solicitar que mostrem a ordem de serviço e verificar se no carro dos visitantes existe a logomarca da empresa. A Brasil Telecom esclarece que todos os serviços realizados são cobrados na conta telefônica.

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