Gibiteca é mais freqüentada pelo público adulto

Engana-se quem associa a leitura de gibis somente às crianças. Uma breve visita à gibiteca da Biblioteca Pública do Paraná, em Curitiba, prova que os adultos são os leitores mais assíduos. Quase todos os cerca de 60 visitantes diários que o local recebe são adolescentes e adultos. E é um público fiel. Alguns comparecem à sala de leitura de gibis até várias vezes por semana.

Pouco mais de 11 anos. Este é o tempo que o estudante universitário Scheldon Fernandes Oliveira, 22 anos, freqüenta a gibiteca da Biblioteca Pública. ?Quando estou de férias, eu venho quase todos os dias. Mas quando as aulas começam, consigo vir mais ou menos uma vez por mês?, conta. Oliveira mora no Campo Comprido e vai a pé ler os gibis.

O estudante gosta dos gibis que, segundo ele, são os ?clássicos?, como Garfield, Calvin ou Haroldo. Mas, uma olhada rápida pelas mesas da gibiteca deixa evidente que os super-heróis são os preferidos. O acervo da gibiteca conta com diversos títulos. O gibi mais antigo do acervo chama-se Mindinho, de 1951. Para muitos, o nome não diz muita coisa. Mas o personagem da capa é um velho conhecido: Pernalonga.

Nas estantes da gibiteca é possível encontrar grande quantidade de revistas da Turma da Mônica. ?O mais antigo deles é de 1976?, revela o responsável pelo setor, Marcos Leandro Rosa. Em um armário trancado estão as edições especiais, geralmente de aniversário. ?Temos uma coleção com as histórias dos dois primeiros anos do Pato Donald?, informa Rosa.

Segundo a chefe de Divisões de Coleções Especiais da Biblioteca Pública, Neide Mutti, em breve um computador deve ser instalado no setor de gibis e, com isso, será possível fazer o cadastro dos 11.083 exemplares disponíveis. ?Assim, vamos poder colocar nosso acervo na internet. Isso é interessante para colecionadores ou pessoas que procuram exemplares antigos?, explica.

Doações

Entre 2006 e 2007, o número de gibis disponíveis no local aumentou apenas 7,7%. No ano passado a gibiteca recebeu somente 1.226 doações, número 55,4% menor que 2005. ?Queremos que aumentem as doações para ajudar na renovação do acervo. Ainda mais levando em consideração que o gibi é frágil, estraga fácil?, afirma Neide. Para doar exemplares basta levá-los à Biblioteca, na Rua Cândido Lopes, 133 – centro.

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