Gestão costeira na baía de Paranaguá é mostrada no Japão

De acordo com o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, o tratado de cooperação visa criar, no Paraná, um sistema de monitoramento ambiental na região costeira, com base na experiência japonesa, levando em consideração três fatores essenciais: qualidade da água, recursos pesqueiros e manutenção de ecossistemas ribeirinhos.

Para Rasca, a visita é uma oportunidade para troca de experiências entre os dois estados, já que o processo de ocupação do litoral japonês foi muito parecido com o que acontece hoje no Paraná. ?Além disso, quando os japoneses fizeram a segunda visita pela cooperação (em julho deste ano) mostraram bastante interesse pela biodiversidade litorânea e nos recursos pesqueiros do litoral paranaense?, comentou.

O governo do Paraná está representado pelo técnico da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Evandro Pinheiro. O técnico do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luiz Faraco, integra a comitiva.

Pinheiro levou ao Japão o diagnóstico ambiental e de ocupação da zona costeira da baía de Paranaguá, incluindo políticas públicas paranaenses praticada na costa e o trabalho já realizado junto às comunidades de pescadores.

Segundo ele, a visita dará fundamentos para construir métodos de monitoramento da evolução da situação ambiental da região para produção de alimentos marinhos. ?É necessário elaborar o monitoramento para saber como está a condição da vida marinha, onde, como e quanto se pode produzir de alimento; e, ainda, quais atividades podem ser feitas para aumentar e preservar a vida marinha, cuidar dos ecossistemas locais e inserir a sociedade ribeirinha em atividades de pesca mais estruturadas?, disse.

COMUNIDADE ? Os trabalhos de pesquisa e cooperação técnica na baía de Paranaguá estão divididos em três módulos básicos. O primeiro concentra-se na qualidade da água e suspensão de sedimentos; o segundo investiga as condições dos manguezais e ecossistemas ribeirinhos; e o terceiro módulo trabalha com bioindicadores, que estão ligados à economia, entre eles pesquisas com ostras e condições ambientais para o desenvolvimento da cultura.

Entre as iniciativas desenvolvidas pelo governo do Estado que serão apresentadas em Hyogo estão reuniões com as comunidades, que serviram para nortear políticas públicas e levantar as principais demandas e necessidades imediatas: o incentivo ao associativismo; manejo e a baixa populacional de caranguejos; técnica de pesca em cerco; assoreamento da baía de Antonina; legislação pesqueira e saneamento básico e lixo.

?Já começamos a preparar a resposta para estas demandas das comunidades e tudo o que está sendo produzido pela cooperação internacional está sendo encaminhando para as comunidades locais?, lembrou Pinheiro. O trabalho de conscientização ambiental dos pescadores ? envolvendo discussões sobre pesca marinha e como aperfeiçoar a produção e a qualidade de vida dos pescadores e de suas famílias ? é outra iniciativa que será apresentada no Japão.

A comitiva paranaense fica no Japão até o final deste mês. A visita é financiada pela Japan Internacional Cooperation Agency (Jica) e as capacitações são ministradas pelo Hyogo Environmental Association (HEAA).

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