Nem a breve, porém forte, chuva no início da tarde de ontem, impediu que quase 100 mil pessoas participassem da 12.ª Parada da Diversidade LGBT de Curitiba. Segundo a Associação Paranaense da Parada da Diversidade (Appad), que organizou o evento, o combate à violência contra a orientação sexual ganhou destaque a mais neste ano.
Durante a Parada, que teve como tema “Seus direitos, nossos direitos, direitos humanos pelo fim da violência e da impunidade”, os participantes se concentraram por volta das 13h, na Praça 19 de Dezembro, e percorreram a Avenida Cândido de Abreu, em direção ao Palácio Iguaçu, onde acompanharam diversas apresentações de música e performances de drags queens. Neste ano, o evento, que pelo quarto ano consecutivo foi realizado no Centro Cívico, contou com seis trios elétricos.
Conscientização
Segundo o diretor de comunicação da Appad Igo Martini, a chuva assustou parte dos participantes. No entanto, afirma que o evento foi um sucesso, já que a mensagem pela conscientização da população pela não violência e não discriminação pode ser repassada. “É importante frisar que as pessoas façam sexo seguro e procurem fazer o teste de doenças sexualmente transmissíveis”, afirma.
Segundo Martini, é importante conscientizar a população gay para a importância do teste, já que, em caso de confirmação de doenças como a aids, o tratamento é mais eficaz.
Já a presidente da Associação Paranaense de Lésbicas (Artemis), Adriana Rudolf, ressalta que a Parada dá visibilidade política e social ao problema da violência. “Sofremos três vezes mais casos de violência se comparado às mulheres heterossexuais. Ainda há discriminação por sermos homossexuais, e também sofremos discriminação racial”, diz.
A presidente do Transgrupo Marcela Prado, Carla Amaral, enaltece as conquistas da classe, como o acesso às políticas públicas. “Esse não é apenas um dia de festa, mas também a reivindicação pela garantia dos nosso direitos”, disse.