O Shopping Água Verde, em Curitiba, foi reaberto por volta das 14h desta segunda-feira (24). O estabelecimento foi fechado pela manhã por causa de um vazamento na tubulação de gás. A liberação foi dada pelo Corpo de Bombeiros.
Equipes da Companhia Paranaense de Gás (Compagas) e do Corpo de Bombeiros inspecionaram a tubulação de gás do shopping e estancaram o vazamento. O gás vazado era de cozinha, também conhecido como GLP. Segundo o assessor de imprensa do Corpo de Bombeiros, major Maurício Aliski, para eliminar o gás do ar, a equipe fez um trabalho de ventilação no shopping e o gás se dissipou após as 12h.
A Compagas, empresa responsável pela distribuição de gás natural no Paraná, esclareceu por nota que o Shopping Água Verde não utiliza gás natural nas suas instalações. Ainda de acordo com a nota, os técnicos foram ao local por causa de uma ligação recebida, falando sobre o cheiro de gás no local.
“Como a região possui rede de gás natural, é procedimento de segurança da Compagas deslocar rapidamente a sua equipe para verificar o ocorrido. No complexo do Shopping Água Verde, a Compagas fornece gás natural para dois edifícios residenciais”, esclarece a nota.
Cuidados
Por ser inflamável, o GLP exige atenção no manuseio do botijão. Ao comprar um botijão de gás, o consumidor deve prestar atenção na identificação da distribuidora do produto. Também é importante que tanto o caminhão de entrega quanto o botijão tragam, claramente, a mesma marca da distribuidora.
O botijão deve conter um lacre sobre a válvula que não pode ser violado. O Corpo de Bombeiros recomenda que os muito amassados, enferrujados e com as alças soltas devem ser recusados.
Embora a instalação do botijão de gás no fogão seja simples, é preciso também muitos cuidados. A primeira exigência é utilizar uma mangueira de gás e um regulador de pressão de gás aprovados pelo Inmetro.
A mangueira é transparente, com uma tarja amarela, e traz a inscrição NBR8613 e a data de validade. O regulador de pressão tem a marca Inmetro gravada e é válido por cinco anos e precisa ser substituído após o prazo de validade.
Os bombeiros recomendam que o botijão seja instalado rosqueando a borboleta do regulador de válvula com as mãos, e não com ferramentas. Para verificar se há vazamentos é bom fazer espuma de sabão e aplicar sobre a válvula.
Se a espuma borbulhar é porque não há vazamento. É aconselhável repetir a operação. De acordo com os bombeiros, se o vazamento persistir, deve-se remover o botijão para um lugar ventilado e chamar a empresa distribuidora.
Outra recomendação é que o botijão nunca deve ficar deitado, nem ser colocado em local fechado. Além disso, a mangueira não deve ser passada por trás do forno porque poderá derreter e causar acidentes.
Caso o morador chegue em casa e sinta cheiro de gás, não deve acionar o interruptor de luz nem acender qualquer chama. A recomendação é abrir as janelas, remover o botijão para um lugar ventilado e chamar a distribuidora de gás.
Fiscalização
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) é responsável pela fiscalização de GLP no Brasil. No Paraná, o Corpo de Bombeiros faz a vistoria nas empresas distribuidoras de gás GLP na região de Araucária.
Quando um edifício residencial ou comercial for construído, deve ter o projeto da Central de GLP e passar pela análise do Corpo de Bombeiros. Após a construção do prédio, os bombeiros fazem a vistoria das instalações de prevenção e combate a incêndios e também da Central de GLP. A central tem que ser construída de acordo com o projeto aprovado.
Após a fiscalização, o Corpo de Bombeiros emite a certificação de vistoria. “Este certificado é um dos documentos que a prefeitura exige para fazer a liberação final da edificação e tem o nome de Habite-se”, explica o major Maurício.
Central de gás
O Corpo de Bombeiros faz vistorias periódicas para prevenção em estabelecimentos comerciais, industriais, prestadores de serviços e residências multifamiliares. O objetivo das vistorias é minimizar os riscos de incêndios.
A central de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo – gás de cozinha) está entre os itens avaliados e vistoriados pelo Corpo de Bombeiros. A área da central é delimitada e contém os recipientes transportáveis ou estacionários e acessórios, destinados ao armazenamento de GLP para consumo da própria instalação.
A localização da central de GLP deve obedecer às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e da Agência Nacional de Petróleo. Entre os critérios para a instalação da central, devem ser observadas as condições de ventilação, de abastecimento e afastamentos contidos nas normas da ABNT. Nas edificações com central de GLP não é permitida a utilização de gás em botijões ou cilindros no interior dos apartamentos.
Com relação à localização da central de GLP, as normas da ABNT mandam que todo o material de fácil combustão que se situar em nível inferior às válvulas e dispositivos de segurança dos recipientes deverá ser afastado dos mesmos no mínimo três metros. Os recipientes também deverão ser afastados no mínimo três metros das aberturas de pavimentos inferiores, pontos elétricos ou de ignição. A central de GLP deve ficar afastada no mínimo 15 metros de baterias contendo oxigênio ou hidrogênio.
A central de GLP também deve possuir em seu acesso placas de sinalização com os dizerem “inflamável” e “proibido fumar”. Além disso, o proprietário ou responsável pela edificação deverá comprovar a existência de responsabilidade técnica pela execução e de manutenção periódica das instalações de gases combustíveis. A recomendação é que antes de qualquer medida ou reestruturação da central de GLP, é preciso contactar com o Setor de Vistoria do Corpo de Bombeiros.