Um menino de 9 anos morreu vítima de meningite, na madrugada do último sábado, no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que exames clínicos e laboratoriais confirmaram que o menino teve meningite bacteriana.
A criança chegou ao Hospital Pequeno Príncipe um dia antes de falecer, com fortes dores de cabeça, febre alta e vômitos. Ele foi internado direto na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do local, mas não resistiu e morreu.
O menino estudava na Escola Municipal Professor Francisco Hubert, localizada no Xaxim, em Curitiba, e por isso todos os estudantes de sua turma, bem como seus familiares (mãe, pai, um irmão mais novo e a tia) receberam medicamentos como prevenção.
Como explica a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Curitiba, Juliane Oliveira, as pessoas que têm contato direto com a pessoa doente devem tomar o antibiótico, pois pode acontecer da bactéria não se manifestar.
A meningite é transmissível pelas vias respiratórias. “A bactéria pode ficar na pessoa sem causar a doença, mas mesmo assim ela pode transmiti-la”, explica. Ninguém da família ou da escola teve meningite recentemente, segundo Juliane, e por isso ainda não se sabe de que forma o menino adquiriu a doença.
“A hipótese é de que ele tenha entrado em contato com alguém que estava com a bactéria, mas não manifestou a doença”, disse. Este ano, a Sesa já registrou 602 casos de meningite, de todos os tipos, no Paraná.
Quarenta e três pessoas morreram. Somente em Curitiba foram 202 casos, sendo que 9 pessoas foram a óbito. No ano passado, em todo o Estado, foram notificados 1.222 casos de meningite e, em 2008, 2.054.
A meningite é a inflamação das membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal (conhecidas como meninge). A doença não atinge somente crianças, e os principais sintomas são febre alta, dor de cabeça, vômito e rigidez na nuca. Pode ser causada por vírus ou bactérias.
Nesta época do ano (inverno) é mais comum aparecerem casos, pois as pessoas ficam com frequência em ambientes fechados. Os cuidados são deixar os ambientes sempre bem ventilados e manter sempre as mãos limpas. Em caso de suspeita, deve-se procurar imediatamente um médico, pois a doença pode ser fatal.