Ontem um garoto de 14 anos reencontrou a mãe Ana, após aproximadamente dois meses e meio desaparecido. Mas o encontro, que aconteceu na sede do Movimento Nacional em Defesa da Criança Desaparecida (Cridespar) e que faria a felicidade da maioria das famílias, acabou sendo motivo de mais preocupação para os envolvidos.
O menino, que até então tinha seu nome exibido em cartazes de crianças desaparecidas, fugiu de casa em 12 de novembro do ano passado. ?Fugi porque não agüentava mais apanhar do meu padrasto?, contou. O adolescente afirmou ainda que some freqüentemente de casa, em Fazenda Rio Grande, desde que tinha 10 anos. ?E não volto para casa enquanto ele estiver lá?, disse.
O garoto foi localizado através de denúncia de uma pessoa que viu a foto dele num dos cartazes. Ele estava em Pinhais, na residência de Alessandro Santos Clazer, que disse ter acolhido o menino por ter ?pena?. O Conselho Tutelar então recolheu o rapaz, que não foi identificado imediatamente, pois dizia se chamar de outra maneira.
Sua identidade só foi confirmada por uma cicatriz na testa. O adolescente confessou o nome e então relatou os maus-tratos sofridos nas mãos do padrasto. ?Ele acrescentou que o padrasto espancava também sua irmã menor e a mãe?, afirmou o conselheiro Giovan da Silva.
Após o encontro, o caso foi encaminhado ao Núcleo de Proteção a Criança e Adolescente Vítima de Crime (Nucria).
