Dois espaços públicos tradicionais da cidade sofrem com o acúmulo de lixo gerado principalmente nos fins de semana de tempo bom. A Praça do Redentor, conhecida como Praça do Gaúcho, no bairro São Francisco, e o gramado aos fundos do Museu Oscar Niemeyer, no Centro Cívico, têm acordado às segundas-feiras como verdadeiros cenários de guerra devido à imensa quantidade de sujeira deixada pelos frequentadores. Naqueles locais, o início da semana é marcado pelas centenas de garrafas, pet, latas de cervejas, papéis, copos plásticos e bitucas de cigarro espalhados pelo chão.
O gari Izaias Nunes Coelho sente na pele as consequências do lixo acumulado na Praça do Gaúcho. Responsável pela limpeza da região onde fica a praça, ele conta que às segundas-feiras o trabalho é dobrado. “Nos dias de semana, normalmente levo uma hora para varrer a praça e limpar as lixeiras. Já na segunda demoro a manhã inteira. É muito lixo no chão, na rua e até a pista de skate. E tem de tudo: garrafas, vidros quebrados, latas e pontas de cigarro. Parece que passou um furacão no local”, afirma.
Marco André Lima |
---|
Izaias: tem de tudo no chão. |
Para ele, a falta de educação de alguns frequentadores e o pequeno número de lixeiras ajudam a piorar a situação. “Se contar, tem apenas quatro lixos na praça inteira. Os comerciantes ainda colocaram mais dois latões, mas não é suficiente. Além disso, as pessoas são muito mal educadas e não jogam nada no lixo. Jogam em qualquer lugar e não dão a mínima para a limpeza da praça”, critica Izaias.
Muito sujo
A poucos quilômetros dali, no gramado entre o Museu Oscar Niemeyer e o Bosque do Papa, a situação é idêntica. Nas segundas-feiras, o local amanhece tomado pelo lixo. A aposentada Iaramari Cordeiro, moradora da região do Centro Cívico, afirma que sempre que pode evita ir ao local no início da semana. “É sempre tudo muito sujo. Você encontra latas de cerveja, garrafas de bebida alcoólica, sacolas plásticas e muita bituca de cigarro. Eu tento não vir, mas quando tenho que passar por aqui nas segundas-feiras, é sempre a mesma coisa: lixo e mais lixo espalhados pelo gramado. Parece que teve um festival de música aqui ou coisa parecida. Isso precisa acabar”, desabafa.
Devido ao feriado do Dia dos Servidores, nenhum representante da Secretaria Municipal do Meio Ambiente foi localizado para explicar que medidas têm sido adotadas para enfrentar o problema.