Ser um bom garçom não depende apenas de atender bem os clientes. É preciso ter velocidade para servir as mesas e equilíbrio para carregar, muitas vezes com uma das mãos, bandejas repletas de copos e garrafas. Ontem, essas habilidades necessárias aos profissionais foram colocadas à prova na nona edição da tradicional Corrida dos Garçons de Santa Felicidade, em Curitiba.
?A corrida é uma forma de integrar os garçons?, contou um dos organizadores do evento, Edilton Stival.
Apesar do frio no início da manhã de ontem, os participantes chegaram cedo ao local da prova. Como verdadeiros atletas, eles se alongavam, aqueciam e concentravam. ?Para vencer, é preciso equilíbrio e rapidez?, disse o garçom Neocrides de Britto, que aos 77 anos era o mais velho participante da corrida e exibia diversas medalhas.
Sem dispensar a tradicional camisa branca e gravata borboleta, Leonildo Francisco Mendonça, de 37 anos, também estava entre os veteranos do evento. Ele participa da prova desde a primeira edição e já conquistou diversos títulos. Leva a corrida tão a sério que, este ano, chegou a treinar de madrugada, no meio do Parque Barigüi. ?Isto aconteceu na semana passada. Eu e um colega saímos do trabalho e fomos treinar das 2h às 3h da madrugada?.
Os garçons tiveram que percorrer 250 metros equilibrando, com apenas uma das mãos, duas garrafas em uma bandeja. No meio do caminho ainda tinham que parar para servir algumas mesas. Quem deixava as garrafas cair era automaticamente desclassificado. Os vencedores receberam troféus e prêmios em dinheiro.