De acordo com os moradores, o local oferecia atividade durante todo o dia e funcionou por cerca de dois anos. A área não foi mais utilizada depois do encerramento do projeto na Vila Nossa Senhora da Luz. Depois disto, os barracões foram pouco a pouco depredados. O terreno está cercado com muros e grades. Mas a proteção não foi suficiente para impedir a ação de vândalos. Segundo os vizinhos, usuários de drogas costumam ir até o local para consumir entorpecentes, principalmente à noite.
Moradores comentam que já foi cogitada a instalação de outra estrutura da prefeitura de Curitiba, como o Armazém da Família, no terreno abandonado. A prefeitura, por meio da assessoria de imprensa, informou que a área será transformada no Centro Cultural CIC, que vai abrigar um auditório de 240 lugares e espaços próprios para cursos. O edital de licitação para as obras está sendo formulado e deve sair até o mês que vem. O investimento será de R$ 2,1 milhões. Um dos barracões deve ser demolido para dar lugar ao auditório.
Lixarada
Moradora há seis anos da Vila Nossa Senhora da Luz, Vera Lúcia Guis pede que o caminhão do Lixo que Não é Lixo passe mais nas ruas da região. Ela conta que a coleta especial de material reciclável acontece só nas ruas principais e praças. “Muitas vezes a gente espera para entregar no caminhão do Lixo que Não é Lixo e precisa sair correndo. A população é incentivada a separar o lixo e fica aguardando”, comenta. Vera ressalta o programa Câmbio Verde, que troca material reciclável por hortifrutigranjeiros a cada 15 dias. “Mas nem sempre você consegue ficar com este material todo em casa. E muitos moradores acabam colocando junto com o lixo normal na calçada e vai tudo embora junto”.
Mais ônibus
Marco André Lima |
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Embora trabalhem bem perto do terminal da CIC, as funcionárias da creche Oswaldo Cruz Angélica Aparecida de Deus e Patrícia Godinho da Silva Pereira reclamam do transporte coletivo. Angélica mora na Vila Modelo e a colega, em Araucária. Ambas dizem que o retorno para casa é acompanhado de ônibus superlotados ou uma espera de até 40 minutos. “Temos que buscar nossos filhos nas escolas e às vezes atrasamos devido ao ônibus”, conta Patrícia. Angélica reconhece a dificuldade, mas faz questão de destacar a parte boa da CIC: “onde moro estão fazendo aquela academia popular e estou sendo bem atendida na unidade de saúde que vai acompanhar minha gestação. Só falta aumentar o número de ônibus nos horários de picos”.