O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) está cumprindo 47 mandados de prisão pelo menos em duas cidades: Londrina e Curitiba. A operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (3) é mais uma fase da Operação Publicano. Na Capital foram dez mandados de prisão, incluindo um coordenador da Receita Estadual. Desses, sete já foram cumpridos – todos os presos em Curitiba serão encaminhados para Londrina.
Ainda não foi divulgado quem são os presos, mas parte considerável é de auditores fiscais, alguns deles já denunciados em fases anteriores da Publicano. Mas, de acordo com o que apurou a reportagem, entre os mandados de prisão cumpridos estão os do ex-inspetor geral de fiscalização da Receita, Márcio de Albuquerque Lima e da esposa dele, Ana Paula Pelizari, além de Orlando Aranda, fiscal da Receita Estadual suspeito de exploração sexual de menores e de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Publicano.
A Operação Publicano, que teve a primeira fase deflagrada em março deste ano, investiga a denúncia de que uma “organização criminosa” formada por auditores fiscais, empresários e contadores atuava para facilitar a sonegação fiscal em troca de propina. As duas primeiras fases da operação resultaram em duas ações penais com mais de 100 denunciados, dentre os quais, 62 auditores.
A Receita Estadual trabalha com três forças-tarefas para revisar as fiscalizações citadas nas ações criminais que já tramitam na Justiça. Até aqui a revisão resultou em R$ 725 milhões em imposto sonegado, multas e outros acréscimos legais.