Abordagens na pista

Policiais rodoviários estaduais suspeitos de montar barreiras para cobrar propina

Foto: Gerson Klaina/Arquivo.
Foto: Gerson Klaina/Arquivo.

Pelo menos sete policiais rodoviários estaduais, suspeitos de extorsão, foram conduzidos para prestar depoimento na manhã desta terça-feira (19). Eles são alvos de investigação de uma operação do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público do Paraná (MP-PR).

As investigações apuraram que os policiais pediam dinheiro aos motoristas que tinham algum tipo de irregularidade no veículo ou na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), em troca de liberação. Dessa forma, os policiais não aplicavam multas ou o veículo não era apreendido. Este pedido de propina era feito em barreiras montadas nas estradas do Paraná.

Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara da Auditoria Militar Estadual, em sete endereços residenciais. Além de Curitiba, o Gaeco esteve em Paranaguá, Araucária, Colombo, Almirante Tamandaré e em mais dois nos postos da PRE.

Em um dos postos, no de Quatro Barras, foram apreendidos cerca de R$ 2 mil em espécie. Durante a operação, também foram apreendidos outros valores, que ainda vão ser verificados. Documentos, celulares e materiais diversos também foram recolhidos e vão ser analisados.

Ainda de acordo com o Gaeco, foram expedidos ao todo 22 mandados de condução coercitiva, que é quando a pessoa é obrigada a ir até a unidade, e sete destes mandados envolvem policiais. As investigações começaram em março deste ano, depois de uma denúncia.

A informação era a de que os policiais faziam blitze para abordar veículos que estavam em situação irregular (no Detran, por exemplo) e liberavam se recebiam algum valor. As investigações do Gaeco apuram crimes de corrupção passiva, prevaricação e organização criminosa.

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