Funcionários públicos sem médicos em Maringá

Funcionários públicos atendidos pelo Sistema de Atendimento à Saúde (SAS) da região de Maringá foram pegos de surpresa ontem ao tentar receber atendimento no Hospital Santa Rita, gerenciado pela Associação Beneficente Bom Samaritano. O hospital se recusou a atendê-los. Segundo o hospital, que atendia pelo SAS desde 2002, o contrato para prestação de serviços, que venceu no dia 31 de janeiro, não foi renovado. A decisão afeta 44,1 mil servidores que utilizam o SAS.

Por meio de uma nota, o superintendente do hospital, Iran Castilho, informou que houve um processo de licitação para renovar o vínculo. O valor máximo a ser pago pelo governo era de R$ 23,80 por usuário, preço considerado baixo e ninguém se interessou em participar. Um novo processo ocorreu em fevereiro, mas novamente não houve interessados. A nota ainda aborda a questão dos prejuízos que o hospital vinha sofrendo com os valores pagos pelo Estado.

Castilho lamenta a situação e culpa o Estado por não atender minimamente as necessidades e não repor as perdas, motivo pelo qual a negociação para a prestação de serviços fracassou.

A Secretaria de Estado da Administração e Previdência (Seap) alega que o hospital deveria ter avisado com antecedência e que o cancelamento se deu de uma forma inexplicável e inesperada. A Seap informou que o hospital havia se manifestado para firmar um contrato temporário, com autorização do governador Roberto Requião, enquanto aconteciam as negociações. A Seap agora estuda medidas a serem tomadas a respeito da decisão.

Londrina

O pronto-socorro (PS) do Hospital Evangélico, em Londrina, foi obrigado ontem a restringir os atendimentos para população. De acordo com a gestora operacional da unidade de saúde, Alda Hayashi, isso aconteceu já que o PS está superlotado. “A sala de emergência, onde o paciente fica antes de ser encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) tem capacidade para duas pessoas, porém estamos com sete. Há ainda 17 pessoas aguardando uma vaga na enfermaria no PS. Na UTI, os 29 leitos estão todos ocupados”, revela. A gestora admite que ainda não há uma previsão de normalização. Quem procura atendimento no local está sendo encaminhado para outros hospitais.

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