Crédito: Anderson Tozato
As faixas alertam o ministro Paulo Bernardo e pedem a contratação de mais funcionários.
A agência do Banco do Brasil, da praça Carlos Gomes, no centro de Curitiba, não abriu as portas na manhã desta quarta-feira (14). E deve prosseguir assim até o fim do dia. A ação é um protesto do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região por mais contratações e respeito à lei das filas.
Além da agência permanecer fechada durante toda esta quarta-feira (14), houve também uma mobilização na praça Carlos Gomes. Cerca de cem pessoas, entre funcionários do banco e clientes insatifeitos, estiveram no ato, que começou por volta das 9h e terminou às 11h30.
Pablo Diaz, dirigente sindical do Banco do Brasil, participou do protesto. Ele disse que foram levadas faixas alertando o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para a situação e pedindo a contratação de mais funcionários.
Diaz ainda contou que, na sexta-feira da semana retrasada, esta mesma agência foi fechada às 15h por causa de uma confusão que terminou com intervenção policial. O problema começou por causa do excesso de filas, uma consequência da falta de funcionários, irritando um cliente que iniciou o conflito e acabou envolvendo outras pessoas que estavam no local.
A assessoria de imprensa do banco negou que a agência tenha sido fechada no dia do incidente. Na versão do Banco do Brasil, um cliente se exaltou, provavelmente, por causa de algo que ele deveria receber (não por causa da fila) e a funcionária assustada acionou a polícia, que foi até o local para restabelecer a ordem.
O Sindicato redigiu uma carta à população curitibana e aos funcionários do banco fundamentando o porquê da manifestação.
Segundo a carta, a promessa da direção do Banco do Brasil – quando o Governo do Estado do Paraná, há dois anos, trouxe as contas públicas para bancos oficiais – de contratar mais funcionários e abrir mais agências não foi cumprida. Na carta, o Sindicato afirma que as "agências estão superlotadas, insalubres e sem condições de atendimento; falta funcionários e há excesso de fila; desrespeito ao funcionalismo com sobrecarga de trabalho e vagas em aberto que não são preenchidas; irregularidades, como o extrapolamento do tempo de fila, que é de 20 minutos, e a colocação de estagiários no auto-atendimento; negligência para com o público de baixa renda; descaso com a agricultura familiar, tomando terra de pequenos agricultores".
De acordo com a assessoria de imprensa do banco, as reinvidicações já foram encaminhadas e será agendada uma reunião com o Sindicato dos Bancários nos próximos dias. Como a agência da praça Carlos Gomes não está funcionando nesta quarta-feira (14), a orientação é para os clientes procurarem as agências mais próximas, que ficam na Marechal Deodoro, na Praça Tiradentes e na Dr. Muricy.