Funcionários dos Correios protestam em Curitiba

Reposição salarial de 47,77% – referente a perdas acumuladas desde 1994 – e aumento real linear de R$ 200 são as principais reivindicações dos trabalhadores dos Correios em todo País. Ontem, representantes do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom-PR) realizaram, em Curitiba, um ato público com o objetivo de chamar a atenção do governo e da sociedade para suas condições trabalhistas. A manifestação aconteceu em frente à sede da empresa, na Rua João Negrão.

?Estamos pedindo um aumento real em valor e não em percentagem porque isso diminui a diferença entre o maior e o menor salário dentro dos Correios. Para quem ganha menos, R$ 200 representa um reajuste de cerca de 38%. Já para quem ganha mais, representa bem menos?, explicou o secretário-geral do Sintcom-PR, Nílson Rodrigues dos Santos.

Atualmente, um carteiro em início de carreira recebe um salário bruto de R$ 500. A categoria batalha por um piso salarial de R$ 1.089,48. Eles também querem a contratação imediata de funcionários concursados para ocupar vagas hoje terceirizadas. ?O ideal é que todos os trabalhadores dos Correios sejam funcionários públicos. Isso garante maior qualidade dos serviços de entrega prestados, o que gera benefícios à população.?

Outros itens que integram a pauta de reivindicação da categoria são: garantia de segurança nas agências dos Correios; pagamento de adicional de periculosidade; redução da jornada de trabalho para trinta horas semanais, sem redução dos salários; realização de eleições diretas para supervisores, chefes, diretores regionais e diretoria central da empresa; além de prazo limite de noventa dias para as comissões da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e da Federação Nacional dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos (Fentect) negociarem a revisão do plano de cargos, carreiras e salários (PCCS) dos trabalhadores.

No Paraná, os Correios têm 5,9 mil trabalhadores, dos quais 2,7 mil em Curitiba.

Correios

Os Correios do Paraná informaram que as negociações para acordos salariais com os trabalhadores serão iniciadas em agosto. A empresa esclarece que as reivindicações serão estudadas para que, posteriormente, seja feita uma contraproposta.

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