Uma nova ameaça de greve é mantida pelos funcionários dos Correios. O sindicato da categoria está negociando um reajuste salarial com os diretores da empresa há cerca de dois meses e meio. Caso não entrem em um acordo, os trabalhadores devem parar em todo o Brasil. A discussão gira, basicamente, em torno de valores. Enquanto o sindicato exige 7,22% de reajuste, mais R$ 200 de aumento, a empresa propunha reajuste de 6,37%. Outra exigência é o aumento do piso salarial dos trabalhadores dos Correios de R$ 603 para R$ 1.190.
No entanto, na segunda-feira (13), a empresa ofereceu 7,37% de reajuste, mais R$ 100 de aumento. Além disso, aumento do valor do Vale Alimentação, de R$ 16 para R$18 até dezembro e, depois, a R$20. Também foram oferecidos um Vale Extra e também Licença Maternidade de 6 meses. A elevação do piso, porém, não entrou na proposta de segunda-feira.
Segundo a assessoria de comunicação da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), graças a uma série de gratificações e benefícios, praticamente ninguém ganha o piso. As informações são de que o salário real dos trabalhadores fica em uma média de R$ 1.500. A elevação do piso seria impraticável segundo a empresa, que entende a proposta feita como razoável e acredita na conclusão das negociações.
Os trabalhadores se reunirão nesta terça-feira (14), às 7h da noite. Eles vão discutir a proposta e se irão, ou não, entrar em greve. O secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná, Nilson Rodrigues dos Santos, entende que há como chegar a valores melhores.
“Eu acredito que existem condições para se avançar um pouco mais nas negociações”, disse. A respeito da greve, Nilson afirmou que isto será decidido na assembléia desta noite. Também disse que há a possibilidade de os funcionários não entrarem em greve, mas, mesmo assim, continuarem nas negociações com a diretoria da empresa.
Protesto
Cerca de 100 funcionários realizaram um protesto na segunda-feira (13) em frente à sede dos Correios. A motivo foi demonstrar a insatisfação dos trabalhadores com as políticas da empresa. Entre as principais reivindicações, estavam a questão salarial e também as condições de trabalho.