Na próxima quinta-feira (24), os trabalhadores dos Correios do Paraná irão decidir se aderem à greve nacional da categoria. A decisão será tomada em assembleias realizadas a partir das 19 horas em Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Cascavel, Maringá, Apucarana e Foz do Iguaçu.
Até o momento, são 15 bases sindicais em greve, incluindo as maiores, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. A categoria protesta contra a inclusão, no Acordo Coletivo de Trabalho, de uma nova modalidade de plano saúde, que prevê cobrança de mensalidade de até 13% sobre o salário bruto e exclusão de dependentes.
Os trabalhadores reivindicam também a incorporação da Gratificação de Incentivo à Produtividade – GIP, no valor de R$200; correção linear de 12% da GIP; reajuste das perdas salariais desde 1994, no valor de 22,72%; aumento salarial de R$300; correção automática de salários e piso salarial de R$3.377,62, conforme cálculos do DIEESE.
No dia 15 de setembro, a maioria dos trabalhadores paranaenses aceitou a proposta de mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), porém esta foi rejeitada nacionalmente. Os Correios aboliram a proposta e entraram com pedido de dissídio coletivo junto ao TST, que mantém a nova modalidade de plano de saúde e prevê reajuste de 6% nos salários (3% a partir do julgamento do dissídio e 3% em fevereiro). Com isso, os trabalhadores paranaenses voltam a se reunir para decidir os próximos passos do movimento.