Em todo o Brasil, funcionários do Correios fizeram assembléia para decidir se a categoria entra em greve. As últimas negociações sobre reajuste salarial e outros benefícios não agradaram os trabalhadores. De acordo com o vice-secretário do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná, Dany Alexandre Pereira, a estatal entrou ontem com medida cautelar para proibir a greve. Mas ela foi indeferida pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Francisco Paula de Medeiros, que aconselhou a retomada das negociações. Em Curitiba, a categoria decidiu entrar em estado de greve e se até segunda-feira não houver avanços vão entrar em greve.
A empresa e a categoria se reuniram na última terça-feira mas não chegaram a um acordo. O reajuste de 4% desagradou os trabalhadores. Na primeira proposta, a categoria tinha sugerido reposição de 34%, que foi o acumulado desde 1994, mais um aumento real de 10%. Agora o mínimo que aceitam é 7,72%, que corresponde a inflação do último ano.
O abono de R$ 1000,00 oferecido pela empresa também não foi aceito. Pereira explica que o benefício seria anual e não representaria nenhum ganho real aos salários. A categoria também reivindica que todos passem seis níveis à frente na tabela de reajuste por tempo de trabalho. Quem está no primeiro, 8, e ganha R$ 362,00, passaria a receber 30% a mais. Os vales-refeição também entraram na pauta, de R$ 9,00 querem subir para R$ 14,00.
No Paraná, os Correios possuem 4 mil funcionários e no resto do País 94 mil. Só em Curitiba e Região Metropolitana mais de 300 mil correspondências podem deixar de ser entregues por dia em caso de greve.
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