Foto: Allan Costa Pinto

Assembléia de ontem, em Curitiba, decidiu paralisação por tempo indefinido.

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Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) no Paraná decidiram ontem entrar em greve por tempo indeterminado. Essa é a segunda vez em três meses.

As reivindicações são basicamente as mesmas que geraram a última greve, que começou no dia 1.º de abril e durou cinco dias.

O principal pedido é pela incorporação do adicional de risco de 30% ao salário de forma definitiva e reajuste salarial de 44,81%. No Estado, foram realizadas assembléias em Curitiba, Londrina, Cascavel, Maringá e Ponta Grossa.

Os Correios têm cerca de 6 mil funcionários no Paraná. Na greve de abril, a adesão dos funcionários, segundo a empresa, foi de aproximadamente 65% e pelo menos 800 mil correspondências por dia tiveram a entrega atrasada.

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?A empresa não cumpriu vários pontos do acordo da nossa última greve?, diz o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Nilson Rodrigues dos Santos.

Em relação ao adicional, a direção dos Correios concorda em pagar o benefício – que até já vem sendo pago em caráter de abono pela empresa -, mas quer vincular a concessão a critérios de desempenho, produtividade e faltas, o que os carteiros não concordam.

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Outros pontos já discutidos na greve anterior, mas que continuam sem definição, são a revisão da Participação dos Lucros e Resultados (PLR) e o Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS).

Este, segundo Santos, está sendo implantado de forma unilateral pelos Correios. Todos foram objeto de um termo assinado pelo senador Paulo Paim (PT-RS), o ministro das Comunicações, Hélio Costa, e o presidente nacional dos Correios, Carlos Henrique Custódio.

Ainda de acordo com o sindicato, a proposta de reajuste apresentada pela direção dos Correios em 29 de maio não agradou à categoria, que pretende um reajuste de 44,81% (35,05% referentes à reposição de perdas de 1994 a 2007 mais a inflação de agosto de 2007 a julho de 2008, estimada em 7,22%).

Os trabalhadores pretendem também definir um piso salarial de R$ 1.190. Hoje, segundo o sindicato, um carteiro em início de carreira recebe um salário de aproximadamente R$ 600.