Desde a meia-noite os trabalhadores dos Correios de todo o Paraná estão em greve. A decisão foi oficializada em assembleia da categoria ontem, mas a adesão ao movimento nacional de paralisação já era certa. Os trabalhadores pretendem negociar com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ETC) parados, pois hoje acontece a primeira audiência do processo de dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
A expectativa de adesão é de 70% entre os 6,4 mil trabalhadores paranaenses. A maioria, cerca de 55%, é composta por carteiros, mas também serão interrompidos os trabalhos internos de atendimento nas agências e separação das correspondências. “Não vamos manter o contingente mínimo. O serviço dos Correios não é considerado essencial”, avisa o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios (Sintcom-PR), Luiz Antonio de Souza.
Correspondências
Durante os 28 dias de greve no ano passado, 180 milhões de correspondências não foram entregues em todo o País. No Paraná, os impactos também são significativos. De acordo com Souza, em apenas um dia de paralisação, 3 milhões de correspondências ficam paradas. Apenas em Curitiba e região são movimentados mais de 700 mil objetos em 32 centros de distribuição domiciliar.
Os trabalhadores reivindicam 43,7% de reajuste, R$ 200 de aumento linear, R$ 2,5 mil de piso salarial e vale-refeição de R$ 35 por dia enquanto a proposta da empresa é 5,2% de reajuste nos salários e benefícios.
Empresa garante serviço
Os Correios divulgaram ontem nota garantindo que continuarão a prestar os serviços à população mesmo com a greve dos trabalhadores. Para isso têm plano de contingência que prevê a realocação de empregados das áreas administrativas, contratação de trabalhadores temporários, horas extras e mutirões para triagem de entregas de correspondências nos fins de semana.
