Funcionários dos Correios ameaçam greve

A semana começa com assembléias, protestos e ameaças de greve. Logo mais, à noite, os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) devem votar greve nacional, que estaria marcada para iniciar já amanhã. Também hoje, a partir das 15h, os servidores públicos municipais fazem manifestação, na Câmara de Curitiba, contra a proposta de de 6% de reajuste da Prefeitura.

Assim como os trabalhadores dos Correios, em todo o País, no Paraná a categoria deve decidir hoje à noite se entra ou não em greve. Assembléias devem acontecer em Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Ponta Grossa. Em Curitiba, a votação será na Praça Rui Barbosa, no salão paroquial da Igreja Bom Jesus, às 19h.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), o que se pede é ?adicional de risco para os carteiros (30% do salário-base), previsto em acordo assinado pelo governo no ano passado, e a distribuição linear da participação nos lucros?. Outras reivindicações seriam mais diálogo da direção dos Correios em relação ao revisão do plano de cargos, carreiras e salários; e aumento no piso salarial.

Ainda segundo a entidade, outro problema que precisa ser discutido é em relação à falta de pessoal. Como divulga o Sintcom-PR, ?no Paraná, o déficit de carteiros é de pelo menos 800 trabalhadores. Há concurso em andamento no Estado, mas a previsão é de apenas 43 novas vagas?. Caso os trabalhadores decidam pela greve, o movimento deve começar amanhã, por tempo indeterminado.

Servidores

Já a insatisfação dos servidores municipais é em relação à proposta de 6% oferecida pela Prefeitura. A mensagem deve entrar na pauta de votação de hoje, na Câmara. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), o reajuste reivindicado pela categoria é de 27%. Segundo a presidente do sindicato, Irene dos Santos, eles querem discutir, com a Prefeitura, o reajuste e não aceitar o índice, que não teve participação dos trabalhadores. Hoje a categoria protesta na Câmara e, segundo a líder sindical, em seguida devem realizar assembléia para votar greve, caso o projeto seja aprovado.

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