Funcionários do Samu ameaçam greve em Londrina

Trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Londrina, norte do Paraná, ameaçam iniciar uma greve a partir da próxima sexta-feira. O motivo é a insatisfação dos servidores com os baixos salários recebidos. Apesar de haver indicativo de estado de greve por tempo indeterminado, eles garantem que vão manter o atendimento mínimo para a população londrinense.

Segundo o diretor-presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Londrina e Região (SinSaúde), Julio César Muniz Aranda, o serviço do Samu em Londrina é terceirizado.

Por causa disso, haveria uma diferença salarial entre os socorristas do serviço e os servidores públicos municipais. Houve, então, um consenso entre a categoria para cruzar os braços, uma vez que faltam até uniformes para os funcionários, informa o diretor-presidente.

Os servidores do Samu pedem acordo para ter isonomia salarial, de carga horária, auxílio-alimentação e adicional de insalubridade entre servidores e terceirizados. Exigem também a regularização do banco de horas e celebração do Acordo Coletivo de Trabalho entre SinSaúde, Administração Pública Municipal e o Centro Integrado de Apoio Profissional (Ciap), que é quem fornece profissionais de saúde para o Samu.

A assessoria de imprensa do Ciap informa, por meio de uma nota, que vem respeitando todos os pisos da categoria, que fornece todo o equipamento utilizado pelos profissionais no dia-a-dia e que o vale-refeição teve o valor aumentado.

A nota diz também que o Ciap ainda não foi notificado oficialmente e que precisa discutir junto à prefeitura de Londrina toda decisão que envolva onerar o termo de parceria.

A assessoria de imprensa da prefeitura de Londrina informou que não irá se manifestar sobre o assunto, justificando que a gestão dos trabalhadores está sob inteira responsabilidade do Ciap e que não recebeu qualquer comunicado a respeito.