Foto: Chuniti Kawamura

Guadalupe Vivekananda, da Asibama, participou da decisão.

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Os funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Paraná decidiram ontem, em assembléia, aderir à greve deflagrada em âmbito nacional. A paralisação começa segunda-feira, quando todos os 6,4 mil funcionários da autarquia no Brasil, inclusive os 160 do Paraná, cruzam os braços, deixando à disposição da população apenas os serviços essenciais.

A representante da Associação dos Servidores do Ibama (Asibama) no Paraná, Guadalupe Vivekananda, passou a manhã de ontem reunida com os funcionários do órgão em Curitiba para deliberar sobre a decisão nacional, anunciada anteontem. ?O resultado foi que a maioria votou pela greve?, disse. ?Tivemos inclusive participação de representantes de outros órgãos, como o Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do Hospital de Clínicas, o que evidencia que muitos estão solidarizados com nossa causa?, conclui.

Os trabalhadores são contra a aprovação da Medida Provisória (MP) 366, que determina que a gestão das unidades de conservação e dos centros de pesquisa será competência do recém-criado Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Para Guadalupe, a divisão afetaria o Paraná principalmente no que diz respeito ao cuidado das unidades de conservação. ?Elas não têm estrutura para serem independentes, sempre vão precisar da fiscalização que parte do Ibama. Além disso, levariam sobreposição de atribuições que lhes inviabilizaria trabalhar?, esclarece. A sindicalista afirma ainda que uma correspondência está sendo elaborada para expor o tema aos parlamentares que representam o Estado na bancada federal.

Serviços

Os funcionários do Ibama paralisarão as atividades, mas estarão concentrados na sede do órgão, em Curitiba, trabalhando na elaboração de propostas para melhoramento do instituto. Serviços essenciais, como algumas atividades ligadas à exportações, emergências (como incêndios e derramamento de substâncias tóxicas em áreas de preservação federais) e recebimento de animais funcionarão apenas com o efetivo mínimo estabelecido por lei para situações de greve (30%). O procedimento para as demais atividades do órgão, como emissão de licenças para obras de infra-estrutura, ainda serão definidos até segunda-feira. Funcionários que atuam no Porto de Paranaguá e em Foz do Iguaçu também estarão reunidos durante o final de semana para decidir de que forma se darão os serviços nesses setores. 

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