Cerca de nove mil metalúrgicos das montadoras Volkswagen-Audi, Renault e Nissan, em São José dos Pinhais (PR) entraram em greve nesta quinta-feira (20) por tempo indeterminado.
A decisão foi tomada em duas assembléias: uma pela manhã, com trabalhadores do primeiro e terceiro turnos da Volks-Audi e Renault e do turno único da Nissan; e outra à tarde, com os funcionários do segundo turno da Volks-Audi, Renault e Nissan.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, a categoria rejeitou as cinco propostas de aumento salarial do Sinfavea – sindicato patronal que representa as empresas.
A entidade ofereceu 7,44% de aumento para setembro e R$ 700 de abono em 5 de outubro; ou 7,44% de reajuste em novembro e R$ 1 mil de abono em 5 de outubro; 7,44% de aumento em janeiro de 2008 e R$ 1,5 mil de abono em 5 de outubro; 7,44% de aumento em março e R$ 1,8 mil de abono em 5 de outubro; e 7,44% de aumento em abril e R$ 2 mil de abono em 5 de outubro.
Os trabalhadores reivindicam 8,5% de reajuste, a ser aplicado já em setembro e R$ 800 de abono em 5 de outubro; ou os mesmos 8,5% para janeiro de 2008, com R$ 2 mil de abono para 5 de outubro.
Os trabalhadores da Volvo aceitaram uma das propostas: 7,44% de aumento salarial em novembro e R$ 1,5 mil de abono no dia 5 de outubro. Os trabalhos na montadora não foram interrompidos.
A mobilização faz parte da campanha salarial 2007 dos metalúrgicos de montadoras do Paraná, cuja data-base é em setembro.
De acordo com o sindicato da categoria, a planta da Volks emprega cerca de 3,6 mil trabalhadores, com média salarial de R$ 1,6 mil. Ali são fabricados os modelos Fox, Crossfox, Fox Europa e Golf. Do total da produção, 70% é comercializada no mercado interno. O restante é exportado para países da América e Europa.
Na Renault são fabricados os modelos Clio, Scenic, Logan, Megane e Megane Grand Tour. Cerca de 80% da produção é vendida no Brasil. O restante é exportado para a Argentina, México, Uruguai e Chile.
A montadora francesa instalada no Paraná emprega três mil trabalhadores, com média salarial de R$ 1,4 mil.
A Nissan, cuja fábrica é anexa à da Renault, produz os modelos Master e Xterra. Cerca de 90% da fabricação é comercializada no mercado interno, com o restante sendo exportado para a Argentina, Uruguai e Chile.