Braços cruzados

Funcionários de hotéis e restaurantes ameaçam greve

Cerca de 15 mil trabalhadores de hotéis e restaurantes de Curitiba e região podem entrar em greve na semana que vem. Segundo a classe, a paralisação ocorrerá caso o sindicato patronal não aumentar o piso salarial da categoria para R$ 930 e oferecer benefícios como vale refeição, seguro de vida, anuênio e vale transporte. Para quem ganha acima do piso, os empregados pedem reajuste de 10%. Eles oferecem a variação da inflação pelo INPC.

“Os patrões nos acenam com insignificante piso salarial de R$ 860, sem qualquer benefício extra. Isso significa piso inferior ao que já foi autorizado e será praticado em cidades como Ponta Grossa (R$ 888 mais benefícios) Pato Branco (R$ 891 mais benefícios) e Foz do Iguaçu (R$ 915 mais benefícios)”, revela o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Hoteleiro e Gastronomia de Curitiba e Região (Sindehotéis), Luís Alberto dos Santos.

Segundo o sindicalista, já houve quatro reuniões entre as partes, mas até agora nenhuma decisão foi tomada. “A última rodada de negociação aconteceu com mediação da Superintendência Regional do Trabalho e mesmo com várias propostas de acordo não houve decisão digna. A oferta patronal é uma ofensa ao trabalhador profissional e pai de família”, afirma Santos.

Indicativo

Assembleia está marcada para o próximo dia 18 e, se até lá não houver acordo, o Sindehotéis confirma a greve. “Teremos o nosso encontro da categoria onde vamos votar o indicativo de greve. Se aprovarmos a paralisação, no dia 21 iniciaremos o movimento, na qual pretendemos fechar um grande hotel ou restaurante por dia para buscarmos nossos direitos”, diz Santos.

Procurado pela Tribuna para comentar as negociações, o presidente do Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação (Seha), Marco Antônio Fatuch, não atendeu às ligações ao longo do dia.

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