Falta grana

Funcionários de hospitais filantrópicos e particulares entram em greve

Trabalhadores de hospitais filantrópicos e particulares de Curitiba entram em greve a partir das 6h desta quarta-feira (18). Prometem paralisar as atividades enfermeiros, técnicos em enfermagem, trabalhadores dos setores de copa e cozinha e a auxiliares administrativos.

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc), que representa 20 mil profissionais, reivindica melhora nas condições de trabalho, auxílio-creche, atendimento à saúde, aumento do número de trabalhadores por leito e aumento salarial.

A categoria pede 10% de correção inflacionária mais 5% de aumento real nos pisos e benefícios. O sindicato promete manter somente 30% do quadro de trabalhadores atuando em cada hospital ou clínica. Os hospitais mais afetados devem ser os filantrópicos: Santa Casa, o Cajuru, o Pequeno Príncipe, o Evangélico e o Erasto Gaertner.

Dissídio

O Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná (Sindipar) oferece correção de 6% e diz que é inviável acolher a reivindicação da classe trabalhadora pelo desequilíbrio econômico que o aumento salarial poderia provocar e na possibilidade de incorrer em cortes de postos de trabalho.

O Sindipar ajuizou pedido de dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho, pedindo a manutenção de 100% de funcionamento nas UTIs e centros cirúrgicos e 80% nos demais serviços. Os hospitais filantrópicos alegam ainda convivem com a falta de repasses e com defasagem existente no pagamento do Sistema Único de Saúde (SUS) aos serviços prestados. Segundo a Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná (Femipa), as dívidas passam de R$ 1 bilhão.