Um grupo de funcionários de uma empresa terceirizada da Prefeitura de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), se reuniu ontem em frente ao prédio da administração para pedir providências sobre os salários atrasados. Eles reclamam que esse é o segundo mês que não recebem em dia e que o vale-alimentação não é entregue há três meses. Tanto a Prefeitura quanto a empresa responsável não confirmam a informação.
De acordo com o vigia Luiz Sérgio Souza, alguns trabalhadores tiveram até a energia elétrica de casa cortada por falta de pagamento. ?Mas se nós não recebemos nosso salário, não temos como manter as contas de casa em dia?, falou. Segundo ele, a empresa não repassa qualquer informação para os trabalhadores. Eles desconfiam que nem o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e a previdência social estão sendo recolhidos. ?É um jogo de empurra-empurra e nós nunca sabemos a verdade?, reclamou, acrescentando que nem o nome certo da empresa os trabalhadores sabem.
Os funcionários usam uniforme com nome de Ultraseg, no crachá consta Paranaseg, mas a empresa se diz chamar Maia. O gerente operacional da Serviço de Limpeza e Conservação Maia Ltda., Sebastião Ferreira dos Santos Filho, garante que esses nomes são fantasia e que a empresa Maia é regular.
Ele disse que as reclamações dos trabalhadores não procedem, apesar de admitir que o salário de fevereiro ainda não foi pago, e que há dois meses eles não repassam os vales-alimentação. ?Isso ocorreu por problemas financeiros, mas hoje estaremos regularizando a situação?, falou.
O secretário de Administração de Pinhais, Juliano Lago Sebben, confirmou que a empresa foi contratada através de licitação para prestar serviços em prédios públicos. O contrato por um ano é de R$ 1,4 milhão. Sebben alegou que a empresa tem cumprido o contrato e que, para a liberação dos recursos mensais, exige a comprovação dos pagamentos e depósitos da previdência social e FGTS.
