Os 336 funcionários que trabalhavam na empresa paranaense Todeschini só deverão conseguir na Justiça os valores da rescisão trabalhista e do salário referente ao mês de janeiro, que somam aproximadamente R$ 3 milhões. É o que prevê o presidente do STIP, sindicato que representa a categoria, Gilmar Servidoni. Enquanto isso, a entidade pretende apressar a liberação do FGTS e dos papéis para a entrada no seguro desemprego dos trabalhadores, o que deve acontecer na próxima semana.
Para garantir o pagamento, o sindicato também tenta autorização para acompanhar as movimentações dos recursos da empresa, além de fazer com que os valores nas contas da Todeschini ou pagamentos dos clientes, como supermercados que compraram produtos da marca, sejam direcionados à conta destinada ao pagamento dos funcionários. “Fizemos dois ofícios ao Ministério do Trabalho e ao Ministério Público do Trabalho, e entramos com ação cautelar de arresto para ter domínio da conta e solicitar que a Justiça segure o dinheiro”, explica Servidoni.
Administração
De acordo com o advogado da família dona da marca, Jorge Domingos Neto, desde 2006 os fundadores não administravam a Todeschini, apenas a fábrica. A empresa mantinha modelo de negócio junto com a AC Alimentos e Condimentos, que fornecia matéria prima para a produção, sob responsabilidade da Todeschini, e que recebia os produtos para então comercializá-los. No entanto, ele não tem informações de como será o acerto com os funcionários. A reportagem tentou entrar em contato com a AC Alimentos e Condimentos, mas ninguém atendeu as ligações na sede da empresa.