Os funcionários da Cavo, que atuam na limpeza pública, aprovaram indicativo de greve e devem cruzar os braços na terça-feira. Foram realizadas três assembleias com os empregados durante o dia de ontem. Os trabalhadores decidiram pela greve ao recusar a última proposta da empresa para o reajuste nos salários e no vale alimentação. O Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba e Região (Siemaco) protocolaria documento avisando sobre a greve ainda ontem na Cavo e na prefeitura de Curitiba. Por se tratar de serviço público essencial, a categoria deve fazer o aviso 72 horas antes do início da paralisação.
Os trabalhadores rejeitaram a proposta da Cavo para 8% de reajuste salarial e 9% de aumento no vale alimentação. A categoria reivindica 20% de ganho salarial e 30% a mais no benefício. Além disso, querem pagamento de horas extras no domingo, mudança de quadriênio para anuênio e fim dos trabalhos aos sábados para a limpeza especial.
Negociação
“Os funcionários rejeitaram a proposta, praticamente de maneira unânime. Agora vamos esperar o posicionamento por parte da empresa e da prefeitura para melhorar a proposta, tanto no salário quanto na alimentação, no anuênio e na escala de trabalho. Continuamos abertos para negociação neste prazo de 72 horas”, afirma o presidente do Siemaco, Manasses Oliveira.
De acordo com o sindicalista, foram três rodadas de negociação entre a categoria e a Cavo. As reivindicações dos trabalhadores foram repassadas no início do mês passado. “Eles tiveram um mês para começar a pagar o reajuste em 1.º de março, a data-base da categoria. Mas até agora nada. A empresa já extrapolou o limite. Eles estão com a nossa pauta de reivindicações há 50 dias”, comenta.
