Os cinqüenta funcionários que atuam no Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), em Curitiba, temem ficar desempregados. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), a empresa estaria ameaçando fechar o SAC, e 25 trabalhadores já teriam recebido aviso prévio de demissão.
O diretor executivo da entidade, Areovaldo Figueiredo, revela que a intenção dos Correios seria reduzir custos. “Desconfiamos que os Correios estejam querendo terceirizar os serviços do SAC: mandando os funcionários embora, adotariam serviço de mensagem eletrônica”, afirma. “Isso seria prejudicial não só aos trabalhadores, mas também aos clientes, que provavelmente teriam que pagar pelo serviço. Além disso, eles deixariam de ser atendidos por um ser humano, treinado e capacitado para das informações, para ouvir uma mensagem eletrônica, transmitida de forma fria e impessoal.”
Os funcionários demitidos, de acordo com Areovaldo, teriam a opção de serem remanejados ao setor operacional. O Sindicato não concorda com o remanejamento. “No SAC, os funcionários têm jornada diária de seis horas; como carteiros, trabalhariam oito horas diariamente”, compara. Para evitar a demissão coletiva, o Sintcom vem pedindo auxílio ao Ministério Público do Trabalho. “Queremos que o Ministério nos ajude a achar uma solução para o caso. No SAC, trabalham desde pessoas jovens, em início de carreira, até pessoas de mais idade, que estão no emprego há anos e teriam dificuldades para encontrar outra colocação. Todos estão amedrontados”, revela o diretor.
Ontem, às 12h, na troca de turno do SAC, integrantes do Sindicato estiveram em frente à sede dos Correios, na Rua João Negrão, em Curitiba, conversando com os funcionários. À noite, foi realizada uma reunião para discutir o assunto.
A ECT, por intermédio de sua assessoria de imprensa, comunicou que prefere ainda não se manifestar sobre o assunto. (Cintia Végas)
