Continua sem solução a paralisação dos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) no Paraná. As negociações estão sendo feitas em Brasília, mas em assembléia em Curitiba, os trabalhadores do Estado decidiram continuar parados. Ontem, o movimento em frente ao prédio central dos Correios na Rua João Negrão, na capital, continuava grande.
Os funcionários bloqueavam também os portões laterais. Alguns caminhões da empresa estavam impedidos de circular, tendo suas portas lacradas pelos manifestantes. “Estamos fazendo um revezamento. Uns dormem, outros vêm. Há troca de grupos, mas o objetivo da greve persiste”, afirmou o delegado sindical Edenilson Matins, responsável por um dos portões do prédio.
Conforme o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Estado do Paraná, José Figueiredo de Oliveira, o movimento já havia atingido 90% da parte operacional . “A paralisação é forte em Curitiba, Maringá, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa”, revelou, destacando que a postagem está acontecendo nas agências franquiadas, mas as cartas não estão chegando aos destinos.
No meio da tarde circulou um boato de que os trabalhadores dos Correios de São Paulo iriam retornar ao trabalho. Tal decisão poderia influenciar no Paraná. “Eram duas propostas. O sindicato queria voltar, mas os trabalhadores de São Paulo recusaram a proposta. Aqui no Paraná a greve continua independente disso”, revelou o diretor do sindicato, José Roberto Paladino.
Conforme a assessora de comunicação dos Correios no Paraná, Maria Aparecida Delezuk, o movimento continuava constante, atingindo 10% da parte operacional no Estado.
Carteiras
Segundo a assessoria de imprensa do Instituto Paranaense de Identificação (IPI), o órgão está em estado de alerta com a greve dos Correios. Se a paralisação se prolongar, as carteiras de identidade , que são enviadas às subdivisões do interior, terão que ser retiradas somente na capital. A direção do IPI estuda medidas urgentes que podem ser tomadas caso a greve continue por muito tempo.
Assembléia decide retorno
(AE) ? A assessoria de imprensa da ECT informou, na noite de ontem, que os funcionários da empresa em São Paulo decidiram voltar ao trabalho. Dos 12 mil carteiros, motoristas e operadores de carga da Região Metropolitana de São Paulo, 4 mil estavam em greve.