Os serviços oferecidos pelos Correios vão voltar a funcionar normalmente a partir de amanhã. Os funcionários da estatal decidiram ontem encerrar a greve da categoria, depois do julgamento do dissídio da categoria pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Terão reajuste salarial de 8% e a manutenção do atual plano de saúde.

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O TST julgou a greve legítima, mas determinou que os dias parados deverão ser compensados em 180 dias. A ideia inicial da empresa era descontar os dias sem trabalho. A decisão do TST agradou os funcionários, que decidiram encerrar a greve, após 23 dias de paralisação. “A greve termina com saldo positivo para os trabalhadores, principalmente porque tivemos mantido o nosso plano de saúde”, avaliou o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Jurandir Damásio da Silva.

Reivindicações

O TST determinou que o plano de saúde se mantenha administrado pela empresa. Qualquer alteração só poderá ser feita com aval da comissão de trabalhadores. Os empregados alegavam que a empresa tentava criar brecha para privatizar o plano. Os servidores dos Correios terão ainda aumento de 6,27% nos benefícios (auxílio alimentação, creche e outros), além de abono salarial no final do ano. A reivindicação original da categoria era de 15% de aumento real nos salários, considerados os mais baixos entre as estatais administradas pelo governo federal.

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As agências dos Correios permaneceram abertas durante a greve, mas o movimento afetou o serviço de entrega de cartas e encomendas. Durante a paralisação, a empresa realizou mutirões para minimizar os atrasos. Segundo a empresa, no fim de semana cerca de 8,4 milhões de correspondências foram entregues em todo o País. No Paraná, 749 mil objetos postais foram entregues por 1.460 empregados.