Foto: Tribuna do Norte

Local da explosão foi isolado. Escola ficou sem luz e alunos sem aulas.

continua após a publicidade

A funcionária da Escola Municipal Paulo Haruo Sato, Mirian Aparecida do Nascimento, 40 anos, não resistiu aos ferimentos provocados pela explosão de um tonel que continha tíner e tinta e morreu na tarde de ontem.

Ela teve queimaduras de segundo e terceiro grau em todo o corpo. O acidente ocorreu na manhã de quinta-feira na cidade de Mauá da Serra, a 80 quilômetros de Londrina, no norte do Estado.

A secretária de Educação do município, Leonice Aparecida Machado, disse que a escola estava em reforma e o material seria usado para pintar o piso.

O galão estava há alguns dias guardado num corredor que é aberto e dá acesso a um depósito. O tonel tinha um orifício que servia de respiradouro.

continua após a publicidade

Suspeita-se que Nascimento estava se dirigindo ao depósito enquanto fumava e ela pode ter colocado o cigarro sobre o galão para tentar abrir a porta. O isqueiro que usava foi encontrado no local do acidente.

Com a força de explosão, o teto de madeira foi danificado. Professores e vizinhos da escola ajudaram a apagar as chamas do corpo da funcionária. O estado de Nascimento era gravíssimo e ela foi levada para o Hospital Providência, em Apucarana.

continua após a publicidade

Segundo a secretária de Educação, o hospital não permitiu a transferência da paciente para outro especializado em queimados porque a viagem seria arriscada. ?Na quinta-feira, os médicos disseram que ela tinha apenas 2% de chance?, comentou a secretária.

Ainda segundo ela, os 315 alunos não corriam risco de se ferir com a explosão porque não tinham acesso a essa parte da escola. Eles não tiveram aula na quinta-feira nem ontem porque a rede elétrica ficou danificada e os funcionários estavam chocados com a tragédia.

Machado espera que até segunda-feira o problema com a rede elétrica tenha sido resolvido. Ontem, a área estava isolada. A Delegacia de Mauá da Serra vai investigar as causas do acidente.

Segundo o tenente Leonardo Mendes dos Santos, da Comunicação Social do Corpo de Bombeiros, é preciso ter cuidado ao armazenar esse tipo de produto. Ele explica que os solventes são muito voláteis, capazes de evaporar com a temperatura do ambiente. Quando concentrados, formam um ambiente explosivo.