Frio recorde causa prejuízos no Paraná

As geadas deram o tom dos cenários encontrados pelos paranaenses que levantaram mais cedo ontem. Com mínima de -5,7ºC em General Carneiro, o fenômeno causou prejuízo aos agricultores do Estado, no dia em que o Paraná bateu o recorde – que era mantido há quatro anos – de a madrugada mais fria do ano.

A geada gerou perdas nas plantações de milho safrinha em Toledo, Cascavel e Campo Mourão, onde as culturas estão em fase de floração e frutificação. Segundo o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Francisco Simioni, a quantidade de perdas ainda será levantada.

Curitiba amanheceu com os termômetros marcando -0,4ºC. Os últimos índices parecidos foram registrados em 2002, quando a capital marcou, também em junho, -03ºC.

A cidade é responsável por 50% da produção de hortaliças no Estado. Sabendo do risco de geadas nessa época, produtores tomam medidas preventivas.

Mesmo assim, devido à falta de verduras, o Deral explica que os mercados começam a ser abastecidos por produtos de outras regiões, como o litoral e o norte do Estado, onde não houve registro de geadas. Por conta disso, é possível ver aumento nos preços das hortaliças e folhosos.

As temperaturas negativas no Paraná foram causadas pela combinação de uma massa de ar frio e seco a uma baixa umidade relativa do ar. Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, a massa está se deslocando para o Oceano Atlântico, abrindo espaço a temperaturas mais amenas.

A previsão é de temperaturas entre 7ºC e 22ºC a partir de amanhã. Mas existe a possibilidade de geadas moderadas no sul do Estado. Amanhã, o fenômeno ocorre apenas na região compreendida entre as cidades de Palmas e Irati.

O inverno que começa na sexta-feira será mais frio que o do ano passado. A estação terá temperaturas baixas, riscos de geada e dias ensolarados com poucas chuvas.

Aeroporto

O Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, ficou fechado das 3h até as 8h15 de ontem, devido a um forte nevoeiro, registrando um atraso em 95,7% nos vôos. Apenas a partir das 8h15, o terminal começou a operar pelo ILS-I, radar que auxilia a visibilidade das aeronaves no pouso e decolagens.

A partir das 10h20, os vôos começaram a sair sem a ajuda do equipamento. Ao todo, estavam programados 65 aterrissagens e decolagens. Desses, 12 foram cancelados e 43 foram liberados com atrasos de até 30 minutos.

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