A cidade de General Carneiro, região Sul do Paraná, registrou, na madrugada de ontem, a temperatura mais fria do Estado dos últimos dois anos. A informação é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que apontou 5,7 ºC negativos durante as primeiras horas de ontem naquele município. Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, a razão do frio intenso no Paraná foi uma massa de ar polar proveniente da Argentina. Em Mandaguari, noroeste do Paraná, João da Silva Oliveira, de 40 anos, acabou morrendo em virtude das temperaturas negativas.
Além de General Carneiro, o Simepar registrou temperaturas negativas em Guarapuava, (-4,3 ºC), Entre Rios (-3,9 ºC), Palmas (-2,7 ºC), Pinhão (-2,2 ºC), União da Vitória (-2 ºC), Lapa (-1,3 ºC), Pato Branco (-1 ºC) e Fernandes Pinheiro (-0,3ºC). Em Curitiba, a temperatura mais baixa foi de 6,1 ºC, mas o dia mais frio do ano na capital foi registrado em junho, quando os termômetros marcaram 3,4 ºC.
As geadas verificadas no Paraná durante a madrugada de ontem, no entanto, não deverão se repetir hoje. Segundo o Simepar, a massa de ar polar proveniente da Argentina, responsável pelas temperaturas baixas e geadas, “não conseguiu ingressar por completo no Paraná devido ao deslocamento de ar úmido da região sudeste do Brasil, mais especificamente do Mato Grosso”, explica a meteorologista Ana Beatriz Porto, do Simepar.
Hipotermia
Segundo informações do Pronto Atendimento de Mandaguari, João da Silva Oliveira foi encontrado morto, por volta das 7h de ontem, em frente a um bar numa rua sem saída do bairro Jardim Esplanada, naquela cidade. “Sabíamos que ele era etilista crônico (alcoólatra) e por isso tinha o costume de sair à noite para beber. Acreditamos que nesse caso ele tenha dormido na frente do bar, onde entrou em estado de hipotermia”, explica Eron Rodrigues Barbiero, coordenador do Pronto Atendimento de Mandaguari. “O homem não apresentava sinais de agressão, mas o corpo dele estava com cianose, caracterizada pelas extremidades roxas, e rigidez cadavérica, ambos sintomas causados pela hipotermia”, esclarece Barbiero.
