As temperaturas diminuíram em todo o Paraná nos últimos dias. A conseqüência mais positiva desse fato é que o número de pessoas infectadas com a dengue também teve seu ritmo de crescimento diminuído. Segundo o boletim epidemiológico semanal divulgado ontem pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), a doença cresceu apenas 15,8% na última semana. Agora a Secretaria de Estado da Saúde já contabilizou 3.994 casos da doença desde o início do ano. Desses, 90,4% são autóctones, ou seja, contraídos dentro do próprio Estado.
Dos 399 municípios paranaenses, 125 tiveram casos registrados de dengue este ano. O líder do ranking continua sendo o município de Foz do Iguaçu com 1.174 pessoas infectadas. Todavia, o crescimento da doença na cidade da fronteira na semana passada não foi muito elevado, ficando em apenas 13,2%.
A cidade de Maringá é a segunda com maior número de casos registrados. O boletim de ontem contabilizou 293 doentes no município. Sarandi, cidade vizinha a Maringá, também apresentou um número elevado de casos, 262.
Em 2002, o Paraná já teve três pessoas com o estado mais complicado da doença, o hemorrágico. Uma pessoa infectada em Londrina passa bem. Outra paciente, vinda do Mato Grosso, acabou falecendo em Maringá. Silvia Pereira, 34 anos, também tem o estado hemorrágico da dengue. Há duas semanas ela encontra-se internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Universitário de Maringá. Ontem a tarde, seu estado continuava grave, mas já estava consciente.
A doença é transmitida através da picada do Aedes aegypiti, mosquito que além de transmiti-la, também transmite a febre amarela urbana. O Aedes se adapta melhor em temperaturas mais quentes. Ele costuma depositar suas larvas em água parada e limpa. (Lawrence Manoel)